A empresa de lítio Sigma Lithium está construindo uma planta de operações nos municípios de Itinga e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, cidades onde o lítio bruto é extraído.
Essa fábrica fará o beneficiamento do mineral para torná-lo um insumo pré-químico com alto teor de pureza, o que faz com que o preço da tonelada seja multiplicado por 100 (de cerca de US$ 60 a tonelada, para um valor ao redor de US$ 6.000).
A empresa vai pagar royalties sob seu faturamento e 60% do valor arrecadado fica com as próprias cidades.
Operação da Sigma
A construção da fábrica da Sigma Lithium está em andamento e o início do comissionamento da fase 1 do empreendimento está previsto para dezembro.
Todo o financiamento necessário para a operação já está garantido.
A empresa é um dos principais ativos do fundo de private equity A10 Investimentos, co-fundado pela co-CEO da Sigma, Ana Cabral-Gardner.
A empresa é listada na Bolsa de Toronto, no Canadá, e no ano passado fez um IPO na Nasdaq, onde suas ações são negociadas.
Preservação
Na questão ambiental, a operação da Sigma tem decisões estratégicas voltadas à preservação.
A empresa é abastecida por energia hidrelétrica, o beneficiamento do lítio implica em baixas emissões de carbono.
A água usada no processo, que vem do Rio Jequitinhonha, é tratada em uma estação interna de esgoto e 100% reciclada.
Os rejeitos de lítio são acomodados pelo método de empilhamento a seco, o que retira a necessidade de construção de barragens.