O não faz parte da vida evolutiva

A resposta sensata e corajosa de Douglas Souza: não feche os olhos para o óbvio

Aquele que vai contra o Sistema é considerado o vilão⁠

Por Bruno Voloch
Publicado em 17 de abril de 2024 | 09:33
 
 
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O vôlei com conhecimento e independência jornalística

É normal normalizar o que não é normal.

Assim funciona a seleção brasileira sob comando do Senado. A saída de Renan Dal Zotto e a chegada de Bernardinho não muda rigorosamente nada.

O Sistema está mantido com peças intocáveis.

A CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, e Bernardinho, sabiam que Douglas Souza não aceitaria a convocação.

Assim como Wallace, conforme o blog antecipou.

A estratégia do técnico não funcionou.

A ideia dele era mostrar para a opinião pública que convocou os melhores e indiretamente jogar a responsabilidade para o outro lado.

Não colou.

Nem com Wallace, e muito menos com o surpreendente Douglas Souza.

Nenhum deles precisa da seleção brasileira. É a seleção brasileira que precisa deles, ou melhor, precisaria deles.

A questão é que ambos não são juvenis, longe disso, e conhecem como poucos as entrelinhas e os bastidores.

Wallace poderia assumir uma conta que não é dele. Os encargos são de Darlan, Alan e Abouba que pedem passagem.

Douglas Souza não pode mais ser estepe para Leal e Lucarelli. E seria esse o desenho.

Honorato e Adriano são os candidatos da vez.

O óbvio para uns é o impensável para os outros.

No caso de Wallace e Douglas, quando a mudança tem como propósito ser feliz, ela torna-se prioridade imediata.

E lamentavelmente, o Sistema impede que a seleção seja prioridade para quem conhece o Sistema.

E o Flamengo não é seleção brasileira.

Assim como no clube, a verdade é a mentira mais difícil de ser desvendada, e, quando não se pode acreditar na verdade, tudo que resta é você mesmo.