O vôlei com conhecimento e independência jornalística
A seleção feminina fez sua parte na primeira etapa da VNL.
Apesar de não ter usado o que tinha de melhor, José Roberto Guimarães encarou com seriedade e respeito os jogos no Rio de Janeiro independentemente do adversário.
É assim que pensa o técnico, posição compartilhada pela comissão técnica.
Acontece que entre a empolgação natural da torcida, incentivada por parte da mídia, e a realidade do cenário mundial há uma enorme distância.
O bom é que José Roberto Guimarães tem a exata consciência do que aconteceu e do que está por vir.
O Brasil sai com 100% de aproveitamento. Os números chamam atenção, mas cada vitória conquistada tem sua história.
A Coreia não conta.
O time reserva da Sérvia idem.
O resultado mais expressivo, pela rivalidade e tabu existente, foi contra os Estados Unidos, ainda que as atuais campeãs olímpicas não tenham usado a força máxima.
Longe disso.
O Canadá, esse sim completo, foi um ótimo teste.
A sensação do dever cumprido da seleção brasileira contrasta com a previsível indiferença de seleções como Itália e Sérvia na primeira etapa da VNL.
A surpreendente líder Polônia e o Japão acompanharam a filosofia de José Roberto Guimarães.
É compreensível poupar uma ou duas jogadoras, como o próprio Brasil e a Turquia fizeram, mas agir como a Sérvia, já classificada para Olimpíada, e a Itália, sem o passaporte carimbado, é muito arriscado.
Japão e China, que lutam diretamente por Paris, optaram pela seriedade e foram na contramão das atuais campeãs mundiais.
A Holanda idem.
Mas cada cabeça, uma sentença.
Dizem que calcular o risco faz com que se chegue com êxito ao final da linha de chegada, leia-se, nos playoffs na Tailândia.
Pode ser.
Mas é aquilo: aquele que assume o risco, não pode reclamar da consequência.
A conferir.