PAULO NAVARRO

Oh, Carol!

“Sensualidade tem a ver com postura, astral, energia, não com bumbum e seios de fora.

Por Da Redação
Publicado em 05 de agosto de 2017 | 03:00
 
 
Raphael Bezerra/Divulgação

O nome dela é Meyer, Caroline Meyer. E não é por isso que uma de suas músicas de cabeceira é “Carolina”, de Seu Jorge. É porque, com certeza, Carolina, Caroline, Carol são nomes de musa. De mulher. Nome com sotaque francês que combina muito bem com sua cara bonita de parisiense distraída. Parisiense da França que gosta e ensina ao mundo sobre arte, literatura, moda e, claro, aquela omelete!

Carol, em caso de emergência, apresente-se ao respeitável público.

Primeiro, escritora. Consultora de moda e imagem pessoal. Designer de joias, outro talento que aflorou na adolescência. E, acima de tudo, mulher e mãe.

O Facebook diz que você foi condenada a ser livre. Que crime inconfessável cometeu?

Se é inconfessável...

Por falar no famigerado, o que acha do Facebook? Palanque, vitrine ou divã?

Os três. Quando bem usado, é uma grande arma. Como palanque, podemos protestar. Como vitrine, mostro meus produtos e serviços, textos e um pouquinho de mim. Como divã, é uma terapia em grupo. Mas não devemos desnudar a alma em público. Nem chorar pitangas.

Para você, que estilista mereceria ilustrar uma nota de R$ 100?

Renato Loureiro. Uma nota de mil! Além de fazer parte da nossa história, com o Grupo Mineiro de Moda, é maravilhoso. Sua generosidade e carinho me encantam. E faz uma omelete... perfeita!

Moda como arte e como business.

Ela reflete um momento. Confunde-se com os grandes movimentos que revolucionaram o mundo. Quando você vê um quadro de Mondrian, tem as cores e as formas dos vestidos de YSL. Chanel libertou as mulheres dos corpetes e fez roupas confortáveis para o trabalho. Na economia, sustentabilidade e respeito ao ser humano. A mão de obra escrava deve ser a grande preocupação da moda hoje. Degradante.

Quem precisa de uma consultoria de imagem?

Toda mulher que precisa mostrar o corpo para seduzir. Sensualidade tem a ver com postura, astral, energia, não com bumbum e seios de fora. E todas que querem melhorar, crescer, aprender.

Que músicas você levou para sua entrevista no programa “Feito em Casa”, na rádio Inconfidência?

“História de uma Gata”, da peça Saltimbancos, “Ovelha Negra”, da Rita Lee, “Troque Seu Cachorro por uma Criança Pobre”, do Eduardo Dusek, “Menina Veneno”, do Ritchie, “Amendoim Torradinho”, com Ney Matogrosso, “Garota Nacional”, do Skank, “Carolina” do Seu Jorge, “Sutilmente”, do Nando Reis, “Capitu”, do Luiz Tatit, “Olha”, de Roberto Carlos, e “Essa Moça”, do Chico Buarque.

Que música não levaria nem a pau, Juvenal?

Uma que não me remeta a nada, a sentir nada. Não tenho preconceito, gosto de tudo. Mas uma faltou: “Sandra Rosa Madalena”, do Sidney Magal. Sou muito fã!

Qual a trilha sonora do Brasil 2017?

Sem dúvida nenhuma, “Inútil”, do Ultraje a Rigor. Não sabemos escolher presidente nem tomar conta da gente. Estamos vivendo uma triste realidade onde reina a desesperança. Ou mudamos o país ou mudamos de país.