A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quarta-feira (22) que vai reforçar o controle de saída e entrada de viajantes em portos e aeroportos, devido ao alarde e o aumento no número de casos suspeitos de coronavírus.

Segundo a agência, estão sendo adotadas medidas principalmente de orientação às pessoas, porém, até o momento, não há recomendação de restrições de viagem. Uma mulher foi internada em Belo Horizonte com suspeita da doença.

Foram definidas as seguintes recomendações:

- Orientação das equipes de vigilância sanitária e dos postos médicos dos pontos de entrada para a detecção de casos suspeitos e utilização de equipamento de proteção individual (EPI);

- Aumento da "sensibilidade" para detecção do coronavírus;

- Reforço das orientações para notificação imediata de casos suspeitos da doença nos pontos de entrada e saída de pessoas

- Intensificação dos procedimentos de limpeza e desinfecção nos terminais

A Anvisa está acompanhando as orientações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.   

Alerta da Opas 

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu, no dia 20 de janeiro, um alerta o novo coronavírus (nCoV). A recomendação é que “os profissionais de saúde tenham acesso a informações atualizadas sobre a doença. Os trabalhadores também devem estar familiarizados com os procedimentos para obter informações sobre o histórico de viagens de um paciente, a fim de conectar essas informações aos dados clínicos”, diz

O que é

O vírus pertence a uma cepa desconhecida de coronavírus, uma família de patógenos que inclui desde resfriados comuns até a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), que matou 349 pessoas na China continental e 299 em Hong Kong, entre os anos de 2002 e 2003.

Arnaud Fontanet, à frente do departamento de epidemologia do Instituto Pasteur, em Paris, explicou à AFP que a cepa do vírus atual é 80% idêntica geneticamente a da SARS.

Contágio

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que a fonte primária do surto do vírus seja de origem animal, e as autoridades de Wuhan indicaram que o centro da epidemia está situado em um mercado de peixe. 

Posteriormente, a China explicou que o vírus é transmitido diretamente entre humanos, sem haver a necessidade de contato com a área epidêmica.

A médica Nathalie MacDermott, do King's College London, informou que o vírus poderia ser transmitido por via área quando a pessoa infectada tosse ou espirra.