Após morte de oito,a PM do Rio entra em alerta geral

Rio de Janeiro. A Polícia Militar do Rio entrou ontem em estado de atenção para reagir a eventuais ataques de criminosos em todo o Estado. O comando da corporação acredita que pode haver retaliações à morte de oito suspeitos durante operação realizada anteontem pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) no morro do Engenho, na zona Norte da capital.

O serviço de inteligência da PM apurou que um grupo de criminosos teria se mobilizado para promover ataques, que iriam começar na madrugada de ontem. No entanto, nenhuma sequência anormal de crimes foi registrada até o fim da tarde.

Segundo a PM, um dos tiroteios durante a operação do Bope aconteceu na rua Guarabu, por volta das 23h40. Três suspeitos foram feridos e encaminhados para o Hospital Salgado Filho, mas não resistiram. Com o trio, a polícia encontrou dois fuzis e 14 carregadores.

Momentos depois, policiais do Bope voltaram a ser recebidos por tiros em outra localidade do morro. Houve tiroteio e cinco suspeitos foram feridos. Eles também foram socorridos, mas morreram. Com eles, foram apreendidas duas granadas e três pistolas.

Um dos supostos traficantes mortos foi identificado como Dirceu Custódio da Silva, 32. O pai dele, no entanto, diz que o filho já tinha sido preso por envolvimento com o tráfico, mas se afastou do crime.

UPPs. Apesar do alerta geral, nas UPPs dos morros do Turano, Formiga e Borel, todas na Tijuca, policiais informaram que não houve aumento de efetivo e o plantão não registrou anormalidades. "Não houve nenhum comunicado no sentido de pedir que agíssemos diferente nesta sexta. Soubemos das denúncias de atentado pela imprensa", revelou ontem um sargento que não quis se identificar.