Crise

Ford abre programa de demissão voluntária e congela salários até 2016

Montadora fechou um acordo com os trabalhadores de sua fábrica em São Bernardo do Campo, que prevê congelamento dos salários até 2016 e Programa de Demissão Voluntária (PDV).

Por Folhapress
Publicado em 27 de março de 2015 | 19:41
 
 
Unidade do ABC paulista vai congelar salários e abrir plano de demissões TOBY TALBOT/AP - 11.4.2005

Com a desaceleração das atividades no setor automotivo brasileiro, a montadora Ford, em medida de contenção de gastos, fechou um acordo com os trabalhadores de sua fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que prevê o congelamento dos salários até 2016 e o anúncio de um Programa de Demissão Voluntária (PDV).

O acordo foi aprovado com o Sindicato dos Metalúrgicos.

Em contrapartida, a montadora oferecerá um abono salarial em 2016 e garantia de estabilidade até 2017 aos trabalhadores que permanecerem.

A empresa não informou quantos trabalhadores pretende desligar por meio do PDV.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, Rafael Marques, disse que a proposta ajuda a categoria a atravessar este ano de instabilidades econômicas com garantias aos trabalhadores.

"A aprovação [do acordo] tira de cena ameaça de insegurança em relação ao emprego", afirmou.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro minimizou as demissões nas montadoras e disse que a crise "passa longe" do setor.

Como plano de recuperação, os trabalhadores da fábrica aguardam o início da produção de novos produtos na unidade e a extinção de serviços que são atualmente terceirizados ainda neste ano.

"Nesses próximos dois anos vamos debater com a fábrica a vinda de novos investimentos e produtos. Queremos trazer de volta a produção do segmento de pick-ups e novas versões do New Fiesta", disse Marques.