A polícia italiana divulgou fotos e vídeos do momento em que Cesare Battisti foi preso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

O terrorista italiano estava com um cavanhaque postiço e usava óculos escuros no momento da prisão. Ele estava sozinho.

As imagens foram compartilhadas pela polícia italiana pelo seu perfil no Twitter (www.twitter.com/poliziadistato).

Veja vídeo de momentos antes da prisão

🎥 #CesareBattisti ripreso poco prima della cattura
Team di poliziotti #Criminalpol #Antiterrorismo e #Digos Milano con collaborazione intelligence italiana lo hanno pedinato fino all'arresto da parte dela polizia boliviana @INTERPOL_HQ pic.twitter.com/adBu9iRvX2

— Polizia di Stato (@poliziadistato) 13 de janeiro de 2019

"Equipe de policiais da Criminalpol Antiterrorismo com colaboração da inteligência italiana o perseguiram até a prisão pela polícia boliviana", postou a página.

Battisti foi preso na tarde deste sábado, em Santa Cruz de la Sierra. O italiano era foragido desde 14 de dezembro, quando o então presidente Michel Temer assinou sua extradição para a Itália.

A condenação de Battisti

Em 1988, Battisti foi condenado na Itália por quatro homicídios cometidos quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. Ele chegou ao Brasil em 2004, onde foi preso três anos depois.

Battisti foi solto da Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011. Ele voltou a ser preso em outubro do ano passado na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia. 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele tentou sair do país ilegalmente com cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira. Após a prisão, Battisti teve a detenção substituída por medidas cautelares.

Pedido antigo

A Itália conseguiu algo que vinha pedindo ao governo brasileiro há oito anos. O governo italiano pediu a extradição de Battisti, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti poderia ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pelo Supremo.