A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) quer, de acordo com o jornal “O Globo”, acionar juridicamente o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por acusações feitas por ele contra as instituições de ensino.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse ao site Jornal da Cidade Online que há universidades federais com "plantações extensivas de maconha", que seriam tão grandes a ponto de ter borrifadores de agrotóxico.
Ainda segundo ele, há laboratórios de química que estão "desenvolvendo laboratórios de droga sintética, de metanfetaminas" porque a polícia não pode entrar nos campi.
Também chamou as universidades de "madrassas de doutrinação", em referência às escolas islâmicas. Desde que assumiu o cargo em abril, Weintraub protagoniza uma série de polêmicas com professores e alunos.
Além de sucessivas acusações sobre "balbúrdia" e "doutrinação" nas faculdades, ele tem apontado suposto excesso de gastos nas instituições e foi alvo de protestos após bloquear verbas - o dinheiro só foi liberado meses depois.
Em nota, a Andifes, associação que reúne os reitores das federais, disse que as instituições são sempre "objeto dos ataques" e da "retórica agressiva" do ministro. Conforme a entidade, Weintraub "ultrapassa todas as fronteiras" com a declaração, "ofendendo a um só tempo toda a comunidade acadêmica e a fé muçulmana".
A Associação Nacional de Pós-Graduandos disse que o titular do MEC "mente, acusa sem provas, desrespeita a universidade, a produção científica e a comunidade acadêmica". Ontem, o presidente Jair Bolsonaro negou os rumores de que planeja trocar o ministro.