Mato Grosso do Sul

Tempestade de cinzas e areia quase engole helicóptero no Pantanal; veja o vídeo

O fenômeno ocorreu na Serra do Amolar (MS), uma das áreas mais preservadas do bioma

Por Folhapress
Publicado em 15 de outubro de 2020 | 18:03
 
 
Comandante Sathler/Ibama

A mistura de ventos fortes com fuligem e fumaça oriundos os incêndios provocou nessa terça-feira (13) um cenário parecido a uma tempestade de areia no Pantanal. O fenômeno ocorreu na Serra do Amolar (MS), uma das áreas mais preservadas do bioma, e quase engoliu um helicóptero que pairava sobre o local. 

E se eu lhe dissesse que é possível uma nuvem de cinzas? Foi o que ocorreu em Corumbá-MS.

Não temos água no Pantanal: temos cinzas!pic.twitter.com/89doHBD08b

— Otávio Vulcão (@OtavioVulcao) October 14, 2020

Uma foto feita de dentro de uma das aeronaves usada no combate aos incêndios na região mostra uma enorme nuvem baixa marrom cobrindo quase toda a região. Embaixo, um vídeo gravado registrou as cinzas sendo levadas pelo vento, em imagem que lembra uma nevasca.

"Depois de quase 15 dias de fogo contínuo, ele foi basicamente debelado graças ao esforços de brigadistas e bombeiros. Quando o fogo foi pacificado, fomos surpreendidos por essa tempestade", disse via WhatsApp o presidente do Instituto do Homem Pantaneiro (IHP), Ângelo Rabelo, que está na Serra do Amolar.

"Avançou em poucos minutos, de leste pra oeste, trazendo fumaça, fuligem e areia. Ficou difícil de respirar e de ver. Todos nos assustamos, foi algo muito surpreendente".

Desde o início do ano até o último domingo (11), 27% dos 15 milhões hectares do Pantanal foram consumidos pelo fogo, uma área destruída equivalente à do estado do Rio de Janeiro. O cálculo é do Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e foi repassado pelo Ibama.