Até quem não conhece o cantor Pedro Sampaio dedicou a tarde deste sábado (17) ao show de pós-Carnaval que o artista promove no Centro de BH. A maioria de quem se deslocou para a atração queria mesmo era curtir mais um dia de folia.
O evento começou às 14h, quando uma forte chuva caiu no Centro. Parte dos foliões se abrigou em marquises para fugir da precipitação, enquanto outra ignorou a água e pulou ao som de Pedro Sampaio. No repertório, para além dos sucessos "PocPoc" e o remix de "Cavalinho", ele trouxe músicas de Lady Gaga, Los Hermanos, Mamonas Assassinas e muito funk.
Os amigos Marcos Vinícius e Jhonny Marley saíram de Esmeraldas, na região metropolitana de BH, para curtir o Carnaval, mas se acolheram num fast-food para fugir da chuva. "Viemos para curtir o Carnaval. Eu nem sei quem é esse Pedro Sampaio. Ele canta o que? Eu não sei. Nessa chuva, melhor comer e depois ir pra festa. Mais tarde, vamos em outro evento, numa casa de rock", disse Marcos.
"PocPoc" - Até quem não conhece o cantor Pedro Sampaio dedicou a tarde deste sábado (17) ao show de pós-Carnaval que o artista promove no Centro de BH. A maioria de quem se deslocou para a atração queria mesmo era curtir mais um dia de folia. pic.twitter.com/dt4FxDWlZE
Laura Lemos enfrentou a chuva com sorriso no rosto para ver Pedro Sampaio. Antes do show, ela ficou ao lado da corda que isolava o trio para tentar descolar uma foto com o cantor. "Ele é tudo pra mim. Amo as coreografias", disse a jovem.
No show de BH, Pedro Sampaio homenageou Cazuza. Como é característico da turnê carnavalesca, o artista sempre se veste referenciando ícones da música brasileira.
Vendas decepcionam
Se a chuva não incomodou parte dos foliões, os ambulantes lamentaram a venda baixa do CarnaSAMPAIO. "Eu estava num bloco infantil no (bairro) Anchieta e estava vendendo muito mais. Aqui, quase não saiu. O povo fica querendo diminuir o preço. Um choro danado. Eu prefiro morrer com a mercadoria mas mãos e dar pra um amigo do que vender barato. A gente trabalha 10h por dia. Sai lá de Venda Nova", diz a vendedora Célia Faria.
Já Deivson Rezende se dividiu com a companheira para ampliar as vendas: um com bebidas e outro com capas de chuva. "A gente aproveita a oportunidade. Se a chuva vem, a gente se desdobra. Não vende muitas capas, mas já ajuda", diz ele. O preço da capa é uma por R$ 10 e duas por R$ 15.