O governador Romeu Zema (Novo) deu uma entrevista à rádio Super, na tarde desta sexta-feira (4), falando sobre o acidente que deixou 17 pessoas mortas e 26 feridas na BR-381 em João Monlevade, região Central do Estado. "É uma notícia muito triste. Talvez a mais triste que eu recebi neste ano. Talvez tão impactante quanto essa tenha sido a de Brumadinho, cuja a tragédia já vai fazer dois anos", disse o governador.
Ele lamentou a BR-381 ser considerada a "rodovia da morte" e disse que a duplicação dela já tinha que ter acontecido. "Ela deveria já ter sido duplicada há 30 anos. Eu conheço ela há mais tempo do que isso até e todos nós sabemos o quanto ela tem o traçado sinuoso e o quanto o tráfego nela é intenso e principalmente caminhões que causam lentidão e acidentes. Ela esteve com as obras de duplicação paralisadas muito tempo e foram retomadas em ritmo muito lento. Desde que nós assumimos o governo, a nossa solicitação ao governo federal de acelerar ao máximo essas obras e isso realmente aconteceu".
"Quem viaja e transita por ali sabe que o número de equipamentos e máquinas por ali, aumentou muito desde o ano passado. Vários trechos já foram liberados para uso, vários outros já foram concluídos, mas ainda tem uma grande quantidade de quilômetros para pode ser executado e, lamentavelmente, devido a todas essas questões, Minas Gerais hoje carrega hoje o título em seu território da entrada mais perigosa do Brasil, espero que esse acidente sirva para sensibiliza as autoridades federais para que os ritmos das obras sejam intensificados. Nós precisamos concluir essa duplicação o quanto antes", ressaltou.
O governador ainda falou sobre a questão do ônibus não ter autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para transportar passageiros e já ter sido pego em três fiscalizações.
"A fiscalização sempre ocorre nas rodovias estaduais pela Polícia Militar e nas federais pela PRF. É uma fiscalização que sempre ocorre e como você mesmo disse, há uma reincidência e infelizmente tivemos essa tragédia hoje, mas o número de ônibus apreendidos sempre foi um número que elevado e tem crescido ultimamente. Isso serve de motivo para que essa fiscalização inclusive se intensifique. Infelizmente tivemos essa tragédia hoje, mas fizemos tudo que estava ao nosso alcance, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, as unidades de saúde próxima imediatamente se deslocaram para o local para evitar que o número de vítimas subisse, mas infelizmente o ônibus despencou de uma altura considerável e a maioria das pessoas que ali estavam tiveram uma morte instantânea. Lamento muito", concluiu.