"Ela não está ameaçando a vida de ninguém, nem a dela própria", afirma a advogada Jucelia Braz, que defende a delegada Monah Zein, reclusa dentro do próprio apartamento, no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, desde às 9h dessa terça-feira (21). A advogada, que está à frente do caso, chegou no condomínio onde a mulher mora por volta das 11h desta quarta-feira (22 de novembro).
Inicialmente, ela se reuniu com a mãe da delegada, que chegou do Paraná na noite anterior, e depois falou rapidamente com a imprensa, antes mesmo de subir ao 8° andar, onde agentes da Polícia Civil tentam diálogo com a colega. Segundo a profissional, a cliente está em processo de depressão e com medo de abrir a porta para os agentes.
"Ela é policial civil, chegaram quatro policiais armados aqui. Ela está assustada, temendo a própria vida", disse. Na ocasião, a delegada chegou a disparar contra os agentes, mas não aceitou ninguém. "Foi um disparo acidental", pontuou. A profissional esclareceu que está em contato constante com a cliente, que se manifesta pelas redes sociais.
Ainda segundo a advogada, a cliente alega ser vítima de assédio moral por parte da Instituição, o que teria motivado toda a situação. "Infelizmente, é conhecimento de todos os casos de assédio moral que cometem contra os policiais, principalmente contra as mulheres, que sofrem dentro da Polícia Civil, então, vamos tomar algumas providências para tentar acalmá-la e tirá-la de dentro o mais rápido possível", disse.
Além da advogada, da mãe e de cerca de 25 agentes da Polícia Civil, uma equipe do Samu acompanha a situação. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou, por meio de nota, que acompanha as mobilizações. “O caso está sendo devidamente acompanhado, já que vem ocorrendo a atuação diuturna das Polícias Civil e Militar de Minas Gerais, no cumprimento de suas respectivas atribuições”, disse.