A lama de rejeitos de minério ainda não chegou na cidade capixaba de Baixo Guandu. A previsão é de que ela esteja no município na próxima segunda-feira (16). Prevendo os problemas de poluição e dificuldade de captação de água, a cidade já se planeja, levantando alternativas.
"A prioridade entre as ações agora é a captação de água no rio Guandu, que passa pela cidade e deságua no rio Doce. Conseguimos os recursos e a obra já começou hoje (sábado, 14). Vamos construir três linhas adutoras, com tubos que levarão a água por gravidade até o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) da cidade", explica o tenente-coronel Heksandro Vassouler, da Defesa Civil. O tempo até a chegada de fato da lama foi imprescindível para que conseguissem tomar uma atitude.
Duas linhas estão sendo construídas com recursos próprios do SAAE e a terceira, que é mais robusta, foi cedida pela Samarco Mineração.
A expectativa é que a obra esteja pronta até o início da semana. Caso não esteja, há um plano de captação de água em outros pontos, usando caminhões-pipa e caminhões auto-tanque. A ideia é de que em cada viagem se consiga 104 mil litros de água bruta para ser tratada e 67 mil de água já tratada.
Entenda
A lama que se espalha pelo leito do rio Doce, foi formada após o rompimento de duas barragens de rejeitos da Samarco, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, na região Central de Minas Gerais, no dia 5 de novembro. Até o momento, sete pessoas morreram com a tragédia.