BH abriu mais 40 leitos de enfermaria para pacientes com Covid-19 nesta segunda (24/1), mas a ocupação voltou a subiu na cidade: 83,7% para 89,7%. Portanto, o indicador permanece na zona crítica da escala de risco.
De acordo com a prefeitura, a cidade abriu 358 leitos clínicos desde janeiro: de 220 para 578. No cenário atual, BH só tem 60 camas livres em suas enfermarias, já que 518 estão em uso.
Os números dizem respeito ao somatório das redes pública e privada. “É importante reforçar que pacientes com quadros gripais, ainda sem resultado para a Covid-19, também podem estar internados nos leitos de UTI e Enfermaria dedicados à doença, já que os sintomas são semelhantes”, esclarece a PBH.
O salto na demanda está relacionado a vários fatores: a variante ômicron do coronavírus, o surto da gripe influenza e as aglomerações das festas de fim de ano e das férias. As viagens de janeiro também pesam sobre o sistema de saúde.
As enfermarias estão no estágio crítico desde 7 de janeiro em BH. São 11 boletins seguidos no cenário mais grave.
A Secretaria Municipal de Saúde ainda não divulgou o boletim completo da Covid-19 nesta segunda.
Apesar do cenário atual, 17 entidades do comércio assinaram uma carta contra um novo fechamento de BH.
Nela, reivindicam que “a prefeitura seja criativa e competente para encontrar outras alternativas para conter o avanço da doença sem mais uma vez sacrificar o principal setor da economia da cidade”.
Pedem, ainda, uma reunião com o prefeito Alexandre Kalil e dizem que não podem “uma vez admitir o fechamento ou qualquer tipo de restrição no funcionamento dos estabelecimentos de comércio e serviços em nossa cidade”.
Em coletiva de imprensa nessa sexta (21/1), o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, afirmou que BH não abre mais leitos por falta de pessoal.
Segundo ele, a cidade enfrenta dificuldades até mesmo para ter RH para contratar profissionais de saúde. Isso vale tanto para o SUS quanto para os hospitais privados.