Estação Pampulha

BH inaugura primeiro túnel público de desinfecção para combater a Covid-19

Estrutura de higienização será instalada na próxima semana; expectativa é levar a ideia para todas as estações de transferência do transporte público na capital

Sex, 31/07/20 - 19h08

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O primeiro túnel de desinfecção público para combater o coronavírus será instalado em Belo Horizonte na próxima semana. A estrutura de higienização começa a funcionar a partir de terça-feira (4), na Estação Pampulha – o último dado da BHTrans aponta que o espaço recebe pelo menos 100 mil pessoas por dia. Conforme o Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte (Transfácil), o objetivo é instalar o equipamento em todas as estações de integração na capital.

Apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não ter encontrado evidências científicas sobre a eficácia dos túneis de desinfecção, a Transfácil alega que a instalação da estrutura traz uma opção a mais para prevenir a transmissão. "Este procedimento não exclui a necessidade de continuarmos com as demais boas práticas como utilizar máscara, lavar bem as mãos, utilizar álcool 70% e até mesmo se manter em casa", lembra em nota.

Os túneis já existem nas empresas de limpeza urbana da capital desde maio. Instalados nas garagens, os equipamentos são usados pelos garis antes e após a finalização do expediente nas ruas. Durante a passagem, são emitidos produtos com ação desinfetante.

Para o presidente da Transfácil, Ralison Guimarães, a iniciativa pode ajudar a reduzir o contágio pela doença no transporte público. “Atualmente estamos enfrentando a Covid-19 em um cenário complexo. Infelizmente essa curva está crescendo de forma acelerada e a iniciativa de oferecer mais uma alternativa de higienização vai contribuir para reduzir o contágio”, explica.

Funcionamento da estrutura

Criada em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), BHtrans e Prefeitura de Belo Horizonte, a estrutura não utiliza produtos químicos e ainda reduz uma possível transmissão do vírus para outras superfícies do ambiente através de uma névoa de água ozonizada.

De acordo com a nota técnica do Senai, é utilizada uma técnica para que as pessoas não respirem o ozônio no formato de gás, o que prejudicaria o organismo. Por conta disso, é processada uma solução da substância na água em um percentual muito abaixo do que é considerado tóxico. A técnica é utilizada "até mesmo para desinfecção de água, tornando-a potável", finaliza o documento.

 

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