Brasil é mais perigoso para jornalistas do que o Afeganistão

Desde 1994, 30 jornalistas foram assassinados no Brasil, incluindo o último caso, o do jornalista investigativo Evany José Metzker, de 67 anos, encontrado decapitado na última segunda-feira (18). Os dados são do Comitê de Proteção ao Jornalista (CPJ), entidade mundial que denuncia e fiscaliza crimes relacionados a profissão.

Destes homicídios, 21 não foram solucionados e os responsáveis jamais foram punidos. O assassinato de Metzker, que ainda está sendo investigado, deixa a imprensa e a sociedade em alerta para que não seja somado a esta estatística.

As estatísticas do CPJ mostram outro dado alarmante: desde 1992, o Brasil está em 11° lugar no ranking dos países mais letais do mundo para jornalista, na frente até mesmo do Afeganistão, zona de guerra.

Repercussão até na China

O caso de Metzker tem ganhado repercussão na imprensa internacional pela brutalidade do crime e pela possível motivação: queima de arquivo. O jornalista era conhecido por ir atrás de notícias policiais e políticas da região do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e publicá-las em seu blog “Coruja do Vale”.

Além de ser noticiado pelo próprio CPJ e condenado abertamente pela Sociedad Interamericana de Prensa, o caso foi repercutido também pelos jornais e portais El Pais, Euro News, La Nacion, Breaking New USA, Daily Mail, The New York Times, The Guardian, Whashington Post e BBC.

Jornais da Itália, Bélgica, República Tcheca, Polônia, Colômbia, Malásia, Grécia, Cazaquistão, Turquia, Hungria, China, Canadá, México e Taiwan também publicaram a notícia.

Vídeo

Um vídeo publicado no youtube, mostra um policial falando sobre o encontro do corpo de Metzker após deixá-lo no Instituto Médico Legal (IML):