Orientação

Busca da magreza: plano para emagrecimento saudável não tem mistério

Entre as dicas, está a realização de pelo menos 21 minutos de atividade física diária e comida ‘de verdade’ nas refeições

Por Anderson Rocha | @andersonro.cha
Publicado em 19 de abril de 2024 | 06:00
 
 
Somente uma mudança no cronograma alimentar e a adoção de uma rotina de atividade física podem ajudar, diz especialista Foto: CRISTIANO TRAD / OTEMPO

A obesidade é uma doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por isso, precisa de tratamento como qualquer outra enfermidade. Um remédio, como o Ozempic, pode auxiliar no processo, que é prolongado, mas sozinho não é eficiente.

Leia mais:
Busca da magreza: artistas e anônimos adotam Ozempic pra emagrecer
 
Busca da magreza: fármaco falso é vendido, mas pode até matar
Busca da magreza: é possível estar acima do peso ideal e estar saudável?

Conforme Fernando Valente, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o uso do medicamento para tratar a obesidade deve ser contínuo para obter benefícios, mas o uso transitório – aquele feito por quem não faz exercício, está estressado e tem alimentação ruim – é ineficiente.

“A indicação mais forte é mudar o estilo de vida, porque a tendência da pessoa que perde peso é ganhar de novo. O corpo sempre tenta fazer a pessoa recuperar peso, porque pode soar como uma ameaça a perda repentina de 5 kg”, exemplifica o médico.

Por isso, ele e outros especialistas lembram que somente uma mudança no cronograma alimentar e a adoção de uma rotina de atividade física podem ajudar – tanto a obesos quanto a pessoas que têm poucos quilos acima do Índice de Massa Corporal (IMC) considerado de referência.

Para a OMS, qualquer quantidade de exercício físico é melhor do que nenhuma. A recomendação é de pelo menos três a cinco horas de atividade de intensidade moderada por semana para todos os adultos, e uma média de uma hora de movimentação aeróbica moderada por dia para o público infantojuvenil.

Consolação Oliveira, médica especializada em nutrologia e fisiologia hormonal, ensina que quem quer emagrecer deve ficar de olho nas calorias dos alimentos.

“Homens têm taxa metabólica maior, e mulheres, menor. Se nós entendemos que um hambúrguer tem 800 calorias, e você tem uma taxa metabólica de 1.500 calorias, ao comer dois hambúrgueres, já deram 1.600 calorias. Ou seja, ultrapassou. É importante, portanto, trocar alimentos, conhecer as calorias de cada um deles e a quantidade de açúcar que vem escondido neles”, orienta a médica.

Outra dica é desembalar menos (produtos industrializados) e descascar mais (frutas e legumes) – premissa da comida de verdade.