O espírito natalino ganhou vida em Belo Horizonte por meio das mais de 300 vozes que se apresentaram na noite desta quinta-feira (01) na Cantata de Natal realizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na praça Carlos Chagas, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul da capital. A 10ª edição do evento contou ainda com a inauguração de um painel artístico criado pelo arquiteto e paisagista Roberto Burle Marx, que passou a ocupar o local, conhecido como praça da Assembleia.

Nem a chuva afastou as cerca de 800 pessoas que lotaram o espaço para assistir ao concerto que reuniu 19 corais de instituições mineiras. O espetáculo misturou músicas eruditas e canções natalinas tradicionais. Todo o público se uniu para cantar, por exemplo, que "Papai Noel não se esquece de ninguém, seja rico ou seja pobre". A canção "Bate o Sino" também fez sucesso e foi acompanhada nas palmas de crianças, jovens, adultos e idosos que estavam na plateia.

"O nosso maior objetivo é emocionar o público e passar a mensagem de confraternização, que é muito própria do Natal, de fraternidade e paz", afirmou o regente do coral da ALMG e responsável pela direção musical do evento, Guilherme Bragança. Segundo ele, os corais se reuniram em ensaios coletivos durante dois meses.

Para o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo de Araújo Santos, o Natal é um dos temas mais bonitos da música. "A Cantata de Natal abre os festejos natalinos em Belo Horizonte antes mesmo da iluminação da praça da Liberdade, e nós temos aqui os melhores corais de Belo Horizonte. Cada um deles empresta vozes para formar esse grande e magnífico coro", afirmou.

A aposentada Rosa Maria, 69, já assistiu à Cantata três vezes. "Mesmo com a chuva, fiz questão de vir. É lindo e muito bom para aflorar o espírito natalino", disse. O funcionário público Edvaldo Alves Pereira, 65, teve uma razão a mais para ir à praça. "Minha esposa canta no coral, então, além de ser muito bom, vim prestigiá-la", contou.

Atração

Um painel artístico criado por Burle Marx e seu discípulo e sócio, Haruyoshi Ono, também foi inaugurado na praça durante a solenidade. A estrutura fazia parte do projeto original da praça, mas sua construção começou mais de 40 anos depois, com o projeto de requalificação do espaço, concluído no ano passado.

"O projeto ficou parado esses anos todos, desde 1974, mas agora ele foi exatamente implantado. É mais uma obra de arte que se integra ao espaço urbano de Belo Horizonte, uma conquista importante promovida pelo Legislativo, o enriquecimento artístico da cidade", declarou o secretário Angelo Oswaldo.