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Famílias passeando com o cachorro, ciclistas e pessoas praticando atividades físicas. Mesmo com o avanço do coronavírus e a necessidade de isolamento social, o fim de semana foi normal na orla da lagoa da Pampulha. E diante de tanta aglomeração e desrespeito às medidas de restrição, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou hoje em entrevista coletiva que vai fechar o acesso do público ao espaço.
De acordo com o prefeito, agentes da BHTrans e Guarda Municipal vão permitir somente o trânsito de veículos no entorno da orla, que tem quase 20 km. "Agora, a população tem que nos ajudar, porque nós podemos cuidar de quem normalmente fica doente, mas em nenhum lugar do mundo há capacidade para cuidar [no pico de pessoas contaminadas pelo coronavírus] de uma cidade tão grande como Belo Horizonte", enfatizou.
Ainda serão realizadas medidas de restrição de acesso a partir da próxima sexta-feira (10) em outros pontos públicos de Belo Horizonte, como a praça da Assembleia, na região Centro-Sul. Assim como na praça da Liberdade, gradis vão cercar todo o espaço para que os moradores deixem de frequentar o local – a iniciativa pode ser ampliada para outras áreas da cidade.
Sem previsão para o fim do isolamento
Conforme Kalil, todas as decisões têm como base critérios técnicos definidos pelo comitê de enfrentamento ao coronavírus – o grupo é chefiado pelo Secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, e ainda conta com o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano, o infectologista e membro das sociedades Mineira e Brasileira de Infectologia, Carlos Starling e o professor da UFMG, Unaí Tupinambás. "Eles que vão decretar o fim da pandemia e a liberação da saída deve ser cuidadosa", complementa.
Sem como aplicar multas
E mesmo com muitos flagrantes na cidade de ruas movimentadas e pouca adesão à quarentena, principalmente nos bairros, Kalil comentou que está em estudo na Procuradoria-Geral do Município a possibilidade ou não de multar os moradores que descumprirem as medidas de restrição.
Porém, as primeiras conclusões mostram que medida é de competência exclusiva do governo federal – o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem feito diversas críticas ao fechamento do comércio. "Gostaria muito de ter, mas me parece que quem pode fazer não quer", criticou.
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