Caso Lorenza

Defesa do promotor André de Pinho entra com novo pedido de habeas corpus

Em solicitação, advogado alega que não teve acesso a todas as provas

Por CAROLINA CAETANO
Publicado em 17 de junho de 2021 | 18:59
 
 
Promotor André de Pinho durante sua prisão no bairro Buritis, região Oeste de BH Foto: Flávio Tavares/ O TEMPO

O advogado do promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, denunciado pelo assassinato da companheira, Lorenza Maria Silva de Pinho, em Belo Horizonte, entrou com um novo pedido de habeas corpus. Até o início da noite desta quinta-feira (17), não havia resultado da solicitação. 

A defesa alega que o habeas corpus foi impetrado por uma questão processual. O advogado que defende o promotor fez um pedido para ter a prorrogação do prazo de manifestação, que era de 15 dias, uma vez que tem novas provas, que a defesa alega não ter acesso para analisar. 

O caso foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e está com o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, que indeferiu o primeiro pedido. 

"Repare que, no despacho que deferiu a produção da prova, determinou-se que as informações devem ser encaminhadas, exclusivamente, para o Ministério Público, em razão do sigilo.

Ou seja, até então, somente a acusação tem acesso as provas apesar de já ter inclusive apresentado denúncia.

Portanto, não parece razoável ou legal exigir que a defesa apresente uma resposta sem que tenha acesso à integridade das provas", diz um dos trechos do pedido. 

O crime 

Lorenza foi encontrada morta no dia 2 de abril no apartamento da família no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte. Dois dias depois, André de Pinho foi preso pelo crime.

No mesmo mês, ele foi denunciado pelo assassinato da companheira.