Caso Lorenza

STJ nega pedido de habeas corpus do promotor André de Pinho

Pinho é acusado de ter matado a esposa dopada e asfixiada no apartamento do casal; ele seguirá preso em Belo Horizonte

Por Alice Brito
Publicado em 02 de junho de 2021 | 14:59
 
 
 
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira (2) o pedido de habeas corpus do promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, 53 – denunciado no dia 30 de abril pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pelo assassinato premeditado da esposa, Lorenza Maria Silva de Pinho. O crime completa 60 dias hoje.  
 
Desta forma, o promotor segue preso preventivamente no 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, na região da Pampulha. 
 
A reportagem de O Tempo tentou entrar em contato com a defesa de Pinho, que até o momento não respondeu os questionamentos a respeito do caso.  
 
Para o pai de Lorenza, o ex-aviador, Marco Aurélio Silva, 73, a negativa do habeas corpus é extremamente coerente. “André assassinou a minha filha e não vai escapar. Por mais que ele tente, as provas são contundentes. O Ministério Público e a delegacia de homicídios estão amplamente convictos das barbaridades que ele cometeu contra minha filha”, comentou.  
 
Perguntas sem respostas 
 
Sobre o caso Lorenza, muitas perguntas ainda estão sem respostas. O corpo da mulher foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) quase sem sangue. O motivo ainda não foi revelado. Foi encontrado material genético debaixo das unhas de Lorenza, pelo legista do IML. O material ainda não foi analisado. O horário exato da morte da mulher também é uma incógnita.   
 
Marco Aurélio espera ter todas as respostas. “O MP e a delegacia de homicídios foram muito eficientes e trouxeram à tona todas as barbaridades cometidas pelo senhor André de Pinho. A família precisa saber cadê o sangue do corpo da minha filha, o que mais foi feito a ela”, desabafou. 
 
A reportagem procurou o procurador de Justiça, André Ubaldino, que está à frente do caso. Segundo ele, as questões relevantes sobre o caso já foram investigadas. “A investigação foi concluída. As questões relevantes para a elucidação do caso estão respondidas e serão confirmadas certamente no curso do processo”, esclareceu.

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