Um delegado da cidade de Governador Valadares, na região do Rio Doce, investigado na operação Serendipe por corrupção, se apresentou à Corregedoria-geral da Polícia Civil em Belo Horizonte, no início da tarde desta segunda-feira (27). O policial é suspeito de integrar um grupo que extorquia membros de quadrilhas de roubo de carga presos das regiões do Rio Doce e do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais.
Ele era considerado foragido da Justiça, desde o dia 23 deste mês, quando o Ministério Público e a Polícia Civil desencadearam uma operação para cumprir 20 mandados de prisão preventiva e ele não havia sido encontrado.
Nesta segunda, após se entregar, ele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exames de corpo de delito. Em seguida, será encaminhado para a Casa de Custódia do Policial Civil, no Bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte, onde permanecerá a disposição da Justiça.
Serendipe
Segundo informou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a primeira fase da operação serviu para apurar os crimes de extorsão, corrupção passiva, corrupção ativa, concussão, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa, envolvendo, entre outras pessoas, a participação de policiais civis.
Entre os mandos de prisão preventiva, estavam os nomes do delegado e de outros cinco policiais civis lotados em Uberlândia. Dois foram presos no dia 23 e outros três seguem foragidos.
As investigações começaram após provas recolhidas durante as operações Catira e Fideliza, deflagradas em novembro de 2015, também em Uberlândia. Esse material demonstrava o envolvimento de organizações criminosas com os crimes de roubo e desvio de cargas e caminhões, além de roubo, compra, venda e receptação de veículos.