Fratura na ponta do nariz e acúmulo de sangue na boca. Essas foram as primeiras sequelas da agressão sofrida pela estudante de direito Luiza, que prefere não revelar seu sobrenome, depois de ter levado um soco no rosto na madrugada de domingo (7) desferido por um também estudante de direito. A agressão aconteceu na festa Mineirinha, na boate Marõ, localizada no bairro Olhos D’Água, na região do Barreiro.

O motivo da agressão foi um esbarrão não proposital. Ela conta que andava na casa noturna à procura dos amigos quando se encostou no homem. “Ele veio tirar satisfação comigo, e eu também respondi, não me abaixei para ele. Entramos em uma discussão verbal, quando ele me deu um soco”, relatou a garota, de 22 anos. “Ele esperava que, eu como mulher, abaixasse”, disse.

Depois que apanhou, Luiza desmaiou e foi socorrida pelas pessoas que estavam à volta dela. “A produção da festa me atendeu na hora, e a médica que me atendeu botou gelo, porque não parava de sangrar”, conta.

Depois de ter batido em Luiza, o agressor tentou fugir da festa, mas foi contido pelos seguranças, que o segurou por cerca de uma hora até o momento da chegada da polícia. O estudante foi levado a uma delegacia de Polícia Civil pelos militares, mas foi liberado, pois o crime foi registrado como de “menor potencial ofensivo”.

“Um dos amigos dele, que se apresentou como advogado, ainda debochou de mim, falando que aquilo não iria dar nada”, relata Luiza. Realmente, o agressor deixou a delegacia no próprio carro, segundo a jovem.

Entretanto, ela não pretende esquecer a agressão, pois pretende entrar com um processo contra ele. “Ele vai ser acusado de lesão corporal. A coisa mais ridícula que vi foi a Polícia ter tratado uma agressão como de menor potencial ofensivo”, falou.