Protocolo

Escola no Taquaril, em BH, já está adaptada para a volta das aulas presenciais

Quando o retorno for autorizado pelo Comitê de Combate à Covid-19, todas as 323 instituições da rede municipal deverão seguir um protocolo de segurança

Sex, 05/03/21 - 06h00

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A data em que os alunos de Belo Horizonte voltarão às salas de aulas ainda não foi definida, mas as 323 escolas municipais já estão adaptadas para recebê-los. Quando o Comitê de Combate à Covid-19 liberar o ensino presencial, a prefeitura garante que todas as instituições estarão preparadas para acolher as crianças e jovens com segurança.

Além do distanciamento social, medida imprescindível para evitar o contágio da Covid-19, diversas regras serão adotadas para garantir um retorno seguro. Logo na portaria, todos terão a temperatura corporal aferida. Apenas aqueles com índice inferior a 37ºC terão permissão para acessar as instituições. Higienizar os pés em tapetes sanitizantes será o segundo passo obrigatório nos educandários.

Em seguida, os alunos serão direcionados para pias instaladas para lavagem das mãos com sabonete líquido. Somente depois disso é que os estudantes entrarão nas salas. Lá, o espaço de cada aluno foi demarcado com fita adesiva para assegurar o espaçamento de pelo menos dois metros. Todos os ambientes terão dispensers com álcool em gel. 

O recreio coletivo será suspenso, e as bibliotecas e laboratórios de informática ficarão fechados. A cantina também não receberá os alunos como antigamente. Quando as escolas tiverem o aval para reabrir, a merenda será entregue individualmente para cada estudante - sendo que em algumas instituições a refeição será dentro da própria sala.

O regulamento ainda determina que a prefeitura ofereça máscaras para os alunos que não tiverem o item e aos professores. O ensino, que era de 4h30 por dia, será reduzido para no máximo 4h. Por enquanto, o integral foi suspenso.

O protocolo com as normas foi definido pela prefeitura e deverá ser seguido em todas as instituições. No total, o município tem aproximadamente 200 mil crianças e jovens, da educação infantil e ensino fundamental, matriculados na rede municipal.

Desde março do ano passado, as aulas presenciais estão suspensas em BH por causa da pandemia. A previsão era de retorno neste mês, mas, com o avanço da doença na capital, o Comitê de Combate à Covid-19 adiou a volta. 

Ajuste

A reportagem de O Tempo esteve na Escola Municipal George Ricardo Salum, que fica no aglomerado do Taquaril, região Leste, para conferir as normas adotadas para o retorno seguro. Na instituição, as salas que antes recebiam até 30 alunos irão abrigar no máximo nove. 

Como haverá rodízio dos estudantes, com ensino presencial dia sim e dia não, outros espaços, como o laboratório, foram adequados para permitir que metade compareça de maneira protegida. "Aqui, a entrada e saída dos alunos será realizada em grupos, e de 10 em 10 minutos para evitar aglomeração", revelou a diretora Rosane Lauar Câmara Paullini. 

A higienização dos espaços também será constante. "Antes, durante e depois das aulas", garantiu. Quando os alunos deixarem as salas para higienizar as mãos, na hora de receber a merenda, funcionários vão limpar as mesas com álcool.

Os banheiros vão contar com profissionais para organizar os alunos e impedir a circulação acima do necessário. Na escola, todas as salas terão computador para que os professores tenham a opção de utilizar recursos multimídia.

"Como a escola tem um espaço amplo, consigo utilizar as áreas abertas para que os alunos saiam um pouco da sala. Mas, seguindo o protocolo, cada um vai desenvolver uma atividade. Enquanto um brinca na casinha de boneca, outro de amarelinha e outro lê uma revista. Os nove alunos terão atividades diferentes para que eles não se juntem", detalhou Rosane Lauar. 

"Eu entendo que a escola, hoje, após aprovação do Comitê que define o momento seguro, tem como receber os alunos seguindo todos os protocolos", completou.

Segurança

A Secretaria Municipal de Educação (Smed) informou que o executivo investiu R$ 14 bilhões na aquisição de 12 milhões de itens de segurança, tais como pias, máscaras, medidores de temperatura e materiais de limpeza e higiene. A pasta garantiu que todas as escolas seguirão os protocolos e foram adaptadas para receber os estudantes.

Até que as escolas sejam reabertas, o ensino continua de forma remota na cidade. Na George Ricardo Salum, mensalmente os discentes recebem o material pedagógico. Conforme a diretora Rosane Lauar, os pais ou responsáveis que não buscam os instrumentos de ensino o recebem em casa. 

"Aqui é uma comunidade carente e o mapa socioeconômico comprovou o que sabíamos, que muitos não têm acesso à internet de qualidade. Mas fizemos uma aposta de manter vivo o vínculo afetivo e pedagógico. Os professores estão em contato direto com os alunos em grupos de WhatsApp e, este ano, estão enviando tutoriais com vídeos e áudios das atividades", disse.

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