Vila Clóris

Estudantes de medicina fecham a Cristiano Machado em manifestação

Alunos da Faminas-BH cobram o aditamento do Fies e reclamam de um aumento na mensalidade maior do que o estabelecido pelo Ministério da Educação

Por JOÃO PAULO COSTA
Publicado em 18 de março de 2015 | 16:03
 
 
Alunos da Faculdade Faminas protestam na Cristiano Machado JOAO GODINHO/ O TEMPO

Sobre gritos de "Pátria Educadora cadê o meu FIES" , cerca de 300 de estudantes de medicina da Faculdade de Minas (Faminas-BH) fecham parcialmente a avenida Cristiano Machado, na altura do bairro Vila Clóris, próximo ao shopping Estação BH, no sentido centro.
 
Eles protestam em frente à faculdade contra o aumento da mensalidade do curso e pedindo o aditamento do Fies.  Os manifestantes contestam a demora na liberação do Fies pelo governo federal para os alunos neste ano e dizem que a faculdade quer implementar um aumento de 8% acima do estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC).
 
Por causa da manifestação, o trânsito está ruim na Cristiano Machado até o encontro com a MG-010 e Pedro I. Também há retenção na avenida Vilarinho, quase no encontro com a Cristiano Machado, sentido centro.
 
O trânsito foi liberado por volta das 16h50.
 
Mudanças no Fies
 

Em nota, a Faminas-BH, informou que foi pega de surpresa com as medidas baixadas pelo governo federal em relação ao Financiamento Estudantil (FIES), assim como os alunos.

“Entre outros aspectos, as novas medidas limitam o reajuste da mensalidade em 6,41%. Tal limitação é inédita e não foi comunicada com antecedência para a que as faculdades pudessem adequar-se. Os cursos que apresentaram um reajuste superior a esse têm encontrado dificuldades para realizar o aditamento dos contratos dos alunos”, explica o comunicado.

Ainda segundo a nota, o protesto desta quarta-feira aconteceu, sobretudo, porque para ser capaz de realizar o aditamento dos contratos de FIES nos moldes dos semestres anteriores, a Faminas precisaria adequar os valores das mensalidades, adotando o patamar previsto pelo governo.

“Entretanto, não nos parece justo arcarmos com essa diferença, trabalhando com uma margem negativa, ainda que reconheçamos e zelemos pelo compromisso com nossos alunos”, diz a nota.

A Faminas informou ainda que a proposta feita aos alunos é de assinatura de um termo de composição para que, na hipótese de o governo não arcar com a despesa da mensalidade integral através do FIES, como sempre tem feito, caiba aos alunos e à Instituição a negociação de complementação de uma possível diferença.

 
Atualizada às 19h05