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Estuprador de Lagoa Santa pode ter feito ao menos oito vítimas

Entre as jovens estão sobrinhas do motorista de ônibus

Por Carolina Caetano
Publicado em 15 de maio de 2019 | 12:41
 
 
Crime ocorreu em Lagoa Santa e foi investigado pela Polícia Civil

Um motorista de ônibus de 42 anos pode ter abusado sexualmente de ao menos oito mulheres em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte. O homem foi preso na segunda-feira (13) e, nesta quarta-feira (15), a Polícia Civil informou que quatro inquéritos já foram instaurados e outros quatro casos são investigados. Entre as vítimas estão sobrinhas do homem. 

"Em janeiro deste ano, uma das vítimas, de 21 anos, procurou a delegacia relatando ter sido estuprada pelo autor. Ela era amiga da família. A partir daí, outras três vítimas, sobrinhas dele, também procuraram a delegacia e denunciaram o autor", disse o delegado Flávio Rabello Teymeny.

A estudante de Direito que realizou a primeira denúncia contou que os abusos aconteceram depois de uma festa para comemorar a inauguração do bar da companheira do estuprador.

"Meu namorado chegou a morar com a família dele por quatro anos, tínhamos uma amizade. No dia (do abuso), após sair do bar, deitei na sala com meu namorado para dormir. No meu subconsciente percebi que estava acontecendo alguma coisa errada. Senti alguém abaixando o meu short e minha calcinha. Sabia que não era o meu namorado porque a mão era mais forte. Estava cansada do trabalho e não consegui acordar", disse a jovem, sob anonimato. 

Ainda conforme a universitária, durante a noite, ao tentar se desvencilhar, ela abriu os olhos e reconheceu o suspeito. No primeiro momento, ela pensou em não denunciar por causa da família do homem. 

Ainda conforme o delegado, uma das vítimas tem apenas 12 anos. "As outras duas vítimas que ainda não tiveram inquéritos instaurados também seriam sobrinhas e, atualmente, vivem em São Paulo. Ele nega o crime e diz que é uma armação da família", detalhou o policial. 


Mãe e filha abusadas pelo mesmo estuprador

Durante a coletiva de imprensa do caso, duas vítimas, uma estudante de enfermagem de 37 anos, e a filha dela, uma adolescente de 17, também estiveram na delegacia. O suspeito era amigo da família.

"Minha filha foi abusada há cinco anos, ela não dá detalhes de como tudo aconteceu, mas sofreu muito. Em uma fase da nossa vida, eu fiquei doente e meu marido trabalhava viajando. Então fui para casa dele (suspeito) com os meus filhos, onde também fui abusada", contou, sob anonimato. 

A mulher contou que foi abusada pelo amigo do marido por duas vezes. "Eu queria voltar para minha casa, mas meu marido estava viajando. Hoje minha filha está agressiva e eu preciso tomar remédios para dormir. Eu quero que ele pague por isso", finalizou. 

As investigações do caso continuam.

 

Matéria atualizada às 14h52