Esquema milionário

Gaeco faz operação contra roubo de carga e prende 48 só em Minas Gerais

Ao todo, 90 pessoas foram detidas são cumpridos; R$ 40 milhões foram bloqueados de contas atreladas à quadrilha

Qui, 29/08/19 - 10h28
Duzentos veículos foram sequestrados durante a operação | Foto: Divulgação/MPMG

Quarenta e oito pessoas foram presas em Minas Gerais, na manhã desta quinta-feira (29), durante uma operação especial para combater roubo e receptação de caminhões e cargas em todo o território brasileiro.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) partiu para cumpir 45 mandados de prisão preventiva, 48 mandados de prisão temporária e outros 110 mandados de busca e apreensão em dez estados brasileiros. Dos 48 presos em Minas, 42 estavam com os mandados de prisão em abertos; os outro seis foram presos em flagrante por por posse de arma de fogo em Uberlândia, no Triângulo Mineiro

Ao todo, 90 pessoas foram detidas no país.

Investigações

As investigações se estenderam ao longo de dez meses até alcançar os suspeitos. As pessoas detidas são apontadas como integrantes de uma forte organização criminosa, elas eram responsáveis por serviços operacionais, jurídicos, apoio logístico, receptação das cargas, criação de empresas fantasmas e até lavagem de dinheiro. 

Ainda não há informações sobre o prejuízo para as empresas que tiveram suas cargas roubadas, mas R$ 40 milhões foram bloqueados de contas atreladas à quadrilha e decretado o sequestro de 200 veículos, entre roubados e próprios. 

Atuação nacional

Ao longo do dia, mandados foram cumpridos em municípios do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins, Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Os municípios de Araguari, Iraí de Minas, Patrocínio, Santa Juliana e Uberlândia foram os pontos da operação em Minas Gerais, todos coordenados pelo Gaeco de Uberlândia, do Triângulo Mineiro. 

Agentes da Polícia Militar, da Administração Penitenciária e do Grupo Especial do Patrimônio Público do Ministério Público participaram das atividades e apoiaram o cumprimento dos mandados. 

Entenda

Nomeada "Mercúrio", em referência ao deus romano dos transportes, da venda e do comércio, a operação partiu de duas ações anteriores, da Polícia Federal, que ajudaram a desarticular o esquema.

No ano de 2015, a operação "Catira" foi responsável por desmantelar outra organização especializada no mesmo crime - roubo de cargas e receptação. Esta atuava em rodovias de oito estados brasileiros e no Distrito Federal, de olho em caminhões carregados com combustíveis, medicamentos, cervejas e até carnes. Àquela época, foi calculado o prejuízo de R$ 30 milhões, provocado pela quadrilha. 

No ano seguinte, investigadores deflagraram a operação "Fideliza", cujo objetivo era o mesmo mas, desta vez, com foco em roubos no Triângulo Mineiro e em outros quatro estados do país. Os criminosos foram responsáveis por prejuízos de R$ 100 milhões para as empresas donas dos insumos levados. 

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