A definição dá conta de que refugiado é alguém que deixa seu país natal devido a temores de perseguição por motivos de raça, religião, opiniões políticas ou grave violação de direitos humanos. Diante da crise que se instalou na Venezuela, mais de um milhão de cidadãos daquele país já buscaram proteção em outros lugares do mundo. 

Só no ano passado, o Brasil recebeu quase 60 mil migrantes dessa nacionalidade e, atualmente, o município de Pacaraima que fica na fronteira brasileira com a Venezuela, recebe cerca de 500 migrantes por dia. Afogados pelo fluxo, não raramente moradores de Roraima entram em conflito com os refugiados. 

Com o intuito de ajudar os migrantes a se deslocarem para outros cantos do Brasil, o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) deu início no ano passado a um programa de interiorização de venezuelanos. O programa já levou essas pessoas para São Paulo, Bahia e Rio Grande do Sul. 

No próximo dia 15, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) desembarca na capital mineira trazendo a bordo 45 migrantes como beneficiários do programa “Acolhe, Minas!”. A Arquidiocese de Belo Horizonte e os Jesuítas disponibilizaram três imóveis, dois na capital e um terceiro em Montes Claros, para receber as pessoas e oferecer a elas novas possibilidades de vida. 

Uma reunião emergencial para recolher doações para as novas residências dos venezuelanos acontece neste sábado (9), às 10h, na sede do SJMR (av. Amazonas, 641, 8° andar). Entre os itens que serão arrecadados estão: artigos de higiene pessoal, alimentos, roupas de cama, banho, panelas, pratos e talheres.