GREVE NÃO É DESCARTADA

Guardas municipais pressionam PBH por causa de curso de tiros

Sindguardas-MG alega que treinamento deveria ter sido iniciado em 1º de outubro; prefeitura afirma que processo foi realizado e já há um vencedor, porém empresa concorrente entrou com recurso na Justiça e é precioso esperar

Por CAMILA KIFER
Publicado em 08 de outubro de 2015 | 19:39
 
 
Guardas municipais pressionam PBH por causa de curso de tiros WEB REPÓRTER

Os guardas municipais da capital cobram da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) o início do treinamento prático da categoria até o final deste ano. O Sindicato dos Guardas Municipais do Estado de Minas Gerais (Sindguardas-MG), não descarta uma possível greve caso o curso não seja colocado em prática até 31 de dezembro.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a prefeitura explicou que o processo licitatório para a realização do treinamento já ocorreu e uma empresa já saiu vencedora. No entanto, uma instituição que estava concorrendo ao pregão eletrônico decidiu entrar com um recurso na Justiça, sendo assim, o processo está paralisado até que haja um veredito.

"Nós fizemos alguns levantamentos e constatamos que a empresa vendedora da licitação já foi homologada. O sindicato não entende porque a prefeitura não consegue se desvencilhar juridicamente desse processo, já que ocorreu a homologação", alegou Pedro Bueno, que é presidente do Sindguardas-MG.

O representante da categoria afirma que a paralisação será a última opção para pressionar a PBH, mas não descarta a greve para o início do ano, caso não haja um acordo.

"O sindicato não quer penalizar mais a categoria com mais dias descontados, como ocorreu na última greve. Mas a prefeitura precisa cumprir com o acordo firmado na última paralisação. Caso isso não ocorra, não podemos descartar a greve, tendo em vista que os outros servidores municipais já paralisarão suas atividades", afirmou Bueno.

Se não houvesse um recurso na Justiça, o treinamento teria sido iniciado no dia 1º de outubro. Um levantamento do sindicato aponta que se o treinamento tivesse acontecido como previsto, no mês de novembro, cerca de 180 homens estariam capacitados e aptos para exercer a  atividade na capital.