Um incêndio atinge, na manhã desta terça-feira (19), uma empresa no bairro Parque São José, que faz divisa com o Palmeiras, na região Oeste de Belo Horizonte. Militares do Corpo de Bombeiros foram para o local local, onde havia muita fumaça. O galpão é de materiais para insumos de emergências hospitalares.

De acordo com a corporação, nove imóveis ao redor foram evacuados, uma vez que há risco de propagação das chamas. Apesar do susto, não foram registradas vítimas. 

O tenente Henrique Barcellos, que comandou a operação, informou que houve um colpaso da estrutura na lateral da edificação e por isso houve a necessidade de proteger a guarnição com o uso da plataforma elevada. O incêndio foi controlado pelo lado direito do prédio, que desabou, e permite maior condição de acesso dos militares.

No subsolo, havia materias de solda, que segundo o proprietário do imóvel repassou aos bombeiros, poderia ter dado início ao foco de incêndio, já que um serviço dessa natureza foi realizado na noite dessa segunda-feira (18). Há também produtos perigosos no local, como gás acetileno.

O incêndio ocorreu próximo da escola Manoel Casa Santa. Segundo os bombeiros, as chamas estão concentradas no subsolo e ainda não há confirmação sobre o tipo de material que está sendo queimado.

Segundo os bombeiros, as chamas foram debeladas por volta de 12h40, mas militares permaneceram no local por causa do risco de resignação. 

O local foi isolado, uma vez que a estrutura foi comprometida. Vinte e seis bombeiros distribuídos em 7 viaturas trabalharam para apagar as chamas, foram utilizados aproximadamente 40.000 litros de água no combate. 

Drama

Luiza Saurino, 24, auxiliar de educação, mora ao lado do imóvel e conta que um motoqueiro, que ela não soube identificar quem é, tocou a campanhia da casa dela às 5h30 da manhã alertando sobre  o fogo na empresa Resgatécnica LTDA. "Alertei outros vizinhos, chamei os bombeiros e, desde então, estou na rua", conta ela, que não foi trabalhar.

Assustada com a quantidade de fumaça que sai do local, procurou manter distância para não inalar o material poluente. Sem dano aparente em sua residência, Luíza conta que os bombeiros disseram que houve sobreaquecimento na parede da casa dela.

Ao todo,  26 militares e oito viaturas dos bombeiros estão empenhadas no combate às chamas. A corporação estima que até o momento de 30 a 40 mil litros de água já foram gastos. De acordo com os combatentes, há muito material inflamável no galpão.

Os moradores, até a tarde desta terça-feira (19), não tinham sido liberados para voltarem para suas casas. 

Matéria atualizada às 16h30