Estiagem

Incêndio na Serra da Moeda continua pelo 6º dia, e fogo ainda pode atingir casas

Combate às chamas se prolonga pelo sexto dia seguido na Serra da Moeda, e de acordo com o Corpo de Bombeiros ainda há risco de que incêndio atinja residências

Por Lara Alves
Publicado em 16 de setembro de 2020 | 09:02
 
 
Incêndio na Serra da Moeda começou na sexta-feira (11), e ainda ameaça residências no entorno do Parque Monumento Natural Foto: Cristiane Mattos

A Serra da Moeda arde pelo sexto dia seguido nesta quarta-feira (16), e o incêndio que começou na tarde de sexta-feira (11) ainda ameaça residências no entorno da área de preservação – reduzida à metade há dois dias atrás após ser atingida pelo fogo. Brigadistas, voluntários e militares do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres (Bemad) retornaram à região do Parque Monumento Natural da Serra da Moeda nesta manhã e combatem as chamas em pontos estratégicos nas proximidades do município de Belo Vale – a Serra, aliás, estende-se também por Ouro Preto, Itabirito e Brumadinho, esta última cidade na região metropolitana de Belo Horizonte.

Um helicóptero do Corpo de Bombeiros e drones pertencentes à corporação apoiam no mapeamento da área atingida e no planejamento da estratégia para debelar o fogo que se prolonga por seis dias. Estima-se que até segunda-feira (14) o fogo destruiu uma área equivalente a 4.200 hectares, sendo que mil destes hectares pertencem ao parque da Serra da Moeda, o que corresponde à metade da extensão dele. Após a data, não houve atualização referente à extensão da região engolida pelo incêndio.

Além do Corpo de Bombeiros, atuam também brigadistas da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) contratados pela mineradora Gerdau. De acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o combate às chamas na sexta-feira demorou apenas sete minutos para começar, o que não bastou para eliminar as primeiras fagulhas surgidas em locais de relevo acidentado na Serra da Moeda. Um helicóptero da Polícia Militar (PM) e dois aviões air-tractor que lançam água em áreas críticas atuam também no combate às chamas.

Prevenção

Questionados na tarde de segunda-feira (14), o IEF e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) declararam que uma força-tarefa atua em inúmeras regiões de Minas Gerais com maior intensidade durante o período crítico compreendido entre os meses de junho e setembro – época de estiagem com extremo risco de grandes incêndios florestais em função do clima seco e das elevadas temperaturas. De acordo com os órgãos ligados ao Estado, este grupo é responsável por ações de prevenção e planejamento para evitar incêndios em vegetações e minimizar os danos provocados.