Em uma forma de protestar contra a decisão a decisão do banco Itaú de apagar as luzes e retirar em breve relógio digital localizado no edifício JK, em Belo Horizonte, idealizadores do site BH É Massa criaram um abaixo-assinado para tentar salvar o equipamento instalado há décadas no local.
A ideia é também chamar a atenção do banco Inter, que sinalizou interesse em colocar suas próprias cores no relógio, que acabou se tornando um dos cartões-postais de Belo Horizonte.
Quando chegar à marca de 100 assinaturas, o documento online será enviado para as equipes do banco Itaú e Itaú Cultural, além da do banco Inter. Até agora, 21 pessoas deixaram a sua assinatura na petição online.
“Nós resolvemos fazer um abaixo-assinado para mobilizar os envolvidos a permanecer com a manutenção do relógio”, relatou Luiz Antônio Machado, em entrevista ao jornal O TEMPO.
#NãoÉSóUmRelógio
“Nós defendemos a permanência do relógio, que já virou um ícone belo-horizontino, mesmo que não seja patrocinado por uma empresa ou instituição. O importante é manter esse artefato característico do centro de BH”, escreveram os organizadores, adicionando a hashtag que já ganhou as redes #NãoÉSóUmRelógio.
Município perde ‘quase uma bússola’
O relógio do Itaú fez história, fundiu-se ao imaginário popular e é parte da paisagem da noite belo-horizontina, segundo o arquiteto e ilustrador José Marcos, 36. Ele diz ser impossível pensar nos prédios do Conjunto JK sem que se lembre do painel.
“Era algo da identidade noturna da cidade e que servia de referencial para quem ia e vinha pelas ruas”, afirma, acrescentando que o relógio também funcionava “quase como uma bússola”.
O Conjunto JK foi projetados por Oscar Niemeyer na década de 50 e construído nos anos 70. (Com Alex Bessa)
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