ACUSAÇÃO DE HOMICÍDIO

Juíza nega pedido e processo contra cunhado de Ana Hickmann segue

Com a negativa por parte da juíza Âmalin Aziz Sant'ana, o processo segue normalmente, e a partir de agora devem ter início as audiências de instrução, quando testemunhas e o próprio réu serão ouvidos

Por Lucas Henrique Gomes*
Publicado em 17 de julho de 2017 | 14:06
 
 
Gustavo Correa foi rendido no elevador de hotel e, no quarto, conseguiu tomar arma de autor Foto: LINCON ZARBIETTI - 22.5.2016

A Justiça mineira negou um pedido feito pela defesa de Gustavo Henrique Bello Corrêa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann, para que a denúncia por homicídio do processo ao qual ele responde fosse retificada. Caso houvesse a retificação, o processo poderia ser arquivado. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (17) no "Diário do Judiciário". Corrêa responde pelo assassinato de Rodrigo de Pádua, fã obcecado pela artista, que invadiu o hotel em que ela se hospedava em 21 de maio de 2016. No mesmo dia, a mulher de Corrêa, Giovana Oliveira, foi atingida por um tiro disparado por Pádua.

Com a negativa por parte da  juíza Âmalin Aziz Sant'ana, o processo segue normalmente, e a partir de agora devem ter início as audiências de instrução, quando testemunhas e o próprio réu serão ouvidos. Atualmente, a defesa conta com sete testemunhas e a acusação com seis.

O passo seguinte é a absolvição, que resultaria no arquivamento do processo, ou o encaminhamento de Corrêa para júri popular.

"A gente já esperava, ela já havia adiantado que queria ouvir todas as testemunhas do caso, inclusive a Ana. Agora vamos trabalhar na tese em que a defesa tem convicção (de legítima defesa)", disse o advogado Maurício Bemfica. Para a defesa de Corrêa, não há duvidas de que ele atirou contra Pádua para se proteger, assim como a sua mulher e a apresentadora. 

Homicídio doloso

A Polícia Civil concluiu sua investigação inocentando Corrêa, com a mesma tese da defesa, de legítima defesa. O Ministério Público, por sua vez, entendeu que ele excedeu a defesa e caracterizou como um crime de homicídio doloso (com intenção de matar). A pena é de seis a 20 anos de prisão, que pode ser reduzida de um sexto a um terço caso seja comprovado que ele agiu sob forte emoção.

Relembre

Rodrigo de Pádua morava em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e nutria um amor platônico pela apresentadora. Ele viajou a Belo Horizonte e se hospedou no mesmo hotel em que ela e a equipe estavam - o motivo da viagem a Minas era o lançamento de coleção autoral de roupas no dia do crime.

Já no hotel, Pádua rendeu Correa no elevador e o obrigou a levá-lo ao quarto da apresentadora, onde a ameaçou de morte e deu dois tiros em direção à cabeça dela, que acabaram atingindo a assessora, Giovana de Oliveira. Nesse momento, Correa, que é marido de Giovana, reagiu e lutou com Pádua até tomar a arma dele e disparar três vezes.

A assessora da apresentadora ficou internada do dia 25 de maio até o dia 2 de junho.

*Com supervisão de Flaviane Paixão