Em entrevista na tarde desta segunda-feira (20), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, reconheceu que parte da população de Belo Horizonte tem “relaxado na quarentena”, com passeios pelas ruas e prática de atividades, como corrida. Sobre o assunto, alertou, porém, que “a guerra ainda não começou”.
Kalil lembrou ainda que medidas extremas tiveram que ser tomadas por outras cidades que flexibilizaram ou não entraram logo no princípio em isolamento social, como é o caso de Manaus, no Amazonas. A cidade teve que colocar uma câmara frigorífica, na semana passada, na porta de um hospital para alocar corpos de pacientes que perderam a vida em decorrência da Covid-19.
“Tem câmara frigorífica para jogar corpos na Amazônia, e nós estamos aqui, passeando, fazendo caminhada. Eu aviso: a guerra ainda não começou. Toda vez que eu converso com o povo, com o comércio, eu fico mais assustado. Mas a história mostra que cidades que trataram a pandemia com rigidez foram as que saíram da pandemia mais rápido e as que se recuperaram com mais rapidez”, frisou.
Kalil também pediu que as pessoas permaneçam em casa e solicitou “menos egoísmo” do cidadão. O prefeito disse, porém, que, de um modo geral, o belo-horizontino tem respeitado as medidas impostas pela prefeitura. “O que eu espero da população da cidade é menos egoísmo, abrir mão de uma corrida, uma caminhada, é o que eu espero da população de Belo Horizonte. A máscara é um equipamento importante, orientado pela OMS. Estamos sofrendo por tanta coisa que nós queremos, e estamos obedecendo à disciplina, ao amor ao próximo, ao respeito aos mais velhos, à consideração, à mineiridade”, disse Kalil.
Para as cidades que flexibilizaram a abertura do comércio, diminuindo o isolamento social, Kalil novamente alertou que tal medida não será tomada em Belo Horizonte. “Para as cidades que estão se transformando em balneário de férias, em ‘Guaraparis’ e ‘Cabos Frios’, eu vou falar, independentemente da cidade: eu não vou abrir nada, está certo?”, pontuou o prefeito de BH.