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Kalil vai pedir ao MPMG liberação de verba para manter ônibus nas ruas em BH

Nessa quarta-feira (12), duas empresas afirmaram estar 'em colapso' e anunciaram encerramento de viagens em cerca de 150 ônibus

Por Lucas Negrisoli e Vitor Fórneas
Publicado em 13 de janeiro de 2022 | 15:47
 
 
Kalil vai pedir ao MPMG liberação de verba para manter ônibus nas ruas em BH Foto: Videopress Produtora / O TEMPO

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) afirmou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13), que levará para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pedido para liberação de R$ 4,3 milhões em verbas “travadas” para que o embate com as empresas de transporte público acabe.

Nessa quarta-feira (12), duas empresas afirmaram estar “em colapso” e anunciaram encerramento de viagens em cerca de 150 ônibus. Informação foi divulgada em nota emitida pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH).

“Estamos reunidos porque aconteceu um problema que todos fomos pegos de surpresa, a respeito da paralisação de duas empresas. Temos dinheiro que é retido do SETRA, que está na prefeitura e não podemos usar. De acordo com contrato, a verba é para momentos de desequilíbrio. Isso é contratual. Agora, nós estamos nos encaminhando para o MP”, destacou. 

O objetivo é desbloquear o dinheiro para tentar manter a operação das linhas na capital. “Se o MP estiver de acordo com isso, vamos retornar as linhas amanhã [sexta-feira (14)] e aguardar início fevereiro para que o projeto, que vai ser levado semana que vem à Justiça, [também] seja levado a plenário”, acrescentou. Kalil afirmou que terá uma reunião com o procurador-geral do órgão às 17h para definir medidas a serem tomadas. 

O presidente do SETRA, Robson Lessa, disse, na entrevista, que o assunto é “emergência número um” do sindicato patronal. “A grande prioridade é fazer a compra de diesel, e acertar a folha de pagamento para atender a população. Se hoje houve a liberação de dinheiro, esses ônibus, com certeza, amanhã precisarão estar na rua. Essas empresas consomem 10 mil litros de diesel por dia”, destacou. 

Pouco depois, o prefeito encerrou, abruptamente, o pronunciamento – que não durou mais que 15 minutos.