Imunizantes seguros

Mais de 92% das reações de vacinas contra a Covid foram leves em Minas Gerais

Das 6,8 milhões de doses aplicadas entre janeiro e maio no estado, apenas 0,24% provocaram algum tipo de reação

Por Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2021 | 15:22
 
 
Vacina Pfizer Foto: Cristiane Mattos

Esperança para dar fim à pandemia que já provocou a morte de quase 43.000 só em Minas Gerais, as vacinas contra a Covid-19 praticamente não provocaram efeitos colaterais. É o que mostra um balanço da Secretaria de Estado de Saúde. Entre janeiro e maio deste ano, foram 6,8 milhões de imunizantes aplicados, entre primeira e segunda dose, e apenas 0,24% provocou algum tipo de reação – foram 16.887 eventos adversos, sendo 92,5% considerados leves. 

Por outro lado, a letalidade da doença é de 2,55%, ou seja, a cada cem pessoas contaminadas pelo vírus, 2,55 vieram a óbito – a proporção é dez vezes maior do que a possibilidade de um efeito colateral. “Os benefícios das vacinas são bem superiores aos riscos que podem ocorrer, visto que os eventos adversos mais comuns são aqueles esperados, como dor local, febre e sintomas gripais”, comentou a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da pasta, Josianne Dias Gusmão.

Além dos sintomas relatados pela especialista, também pode ocorrer sensibilidade no local da vacinação. Todos eles são classificados como não graves pelo Programa Nacional de Imunizações e estão listados na bula dos imunizantes usados no Brasil – Coronavac, Astrazeneca e Pfizer.

E quem está incluído nos grupos prioritários e ainda não se vacinou, o alerta da pasta é que procure uma unidade de saúde. “Aqueles que já tomaram a primeira dose, não deixem de completar o esquema vacinal com a segunda (D2). É essencial tomar as duas doses para ser considerado imunizado", pontuou. A orientação é que as unidades informem quais são os eventos adversos mais comuns ou esperados. 

Estudos garantem que vacinas são seguras

Antes de terem o uso autorizado, os imunizantes passam por rigorosas avaliações na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para a Astrazeneca, menos efeitos colaterais foram relatados após a segunda dose e a maioria foi resolvido dentro de poucos dias. Os dados são de estudos realizados no Brasil, Reino Unido e África do Sul. "As reações começam até um dia após a vacinação e esses efeitos duram um ou dois dias", pontuou Josianne.

Na bula da Coronavac, entre 0,1% e 1% dos idosos acima de 60 anos que tomaram o imunizante tiveram reações como alergia, tontura, fraqueza muscular, vômito e calafrios. Para o grupo entre 18 e 59 anos, o mesmo índice foi registrado para reações como febre, vermelhidão, reação alérgica, dor garganta, espirros, fraqueza muscular, tontura, dor abdominal, sonolência e mal estar.

Já o imunizante da Pfizer, que avaliou cerca de 44.000 pessoas na Europa, América do Sul, Estados Unidos, Turquia e África do Sul, as reações adversas mais frequentes foram dor no local a injeção (80% dos casos), cefaleias (50%), dor nas juntas (20%) e calafrios (30%).