Uma das testemunhas convocadas para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho, nesta quinta-feira (18), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, optou por não participar da sessão. A CPI apura as responsabilidades sobre o rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em janeiro deste ano.
Marco Conegundes, responsável por acionar o Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM), solicitou ao Superior Tribunal de Justiça um habeas corpus para se ausentar da sessão. O pedido foi deferido pela corte.
"Quando eles (funcionários da Vale) não vêm aqui, quem perde a credibilidade são eles", afirmou o relator da CPI, deputado André Quintão.
A deputada Beatriz Cerqueira chamou de injusta a decisão do judiciário. "É uma interferência muito injusta. O parlamento tem o direito de fazer suas investigações", afirmou.
A CPI pretende ouvir outras cinco testemunhas nesta quinta-feira. Todos os participantes foram citados no depoimento do ex-funcionário Fernando Henrique Barbosa Coelho, que relatou sobre a presença de um vazamento na barragem sete meses antes do rompimento.