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Mais um funcionário da Vale recorre a habeas corpus para escapar de CPI

Deputados reclamam de interferência do judiciário no trabalho de investigação do parlamento

Por Raquel Penaforte
Publicado em 18 de julho de 2019 | 10:18
 
 
CPI da Assembleia pretende ouvir mais cinco testemunhas, funcionários da Vale, nesta quinta-feira Foto: Raquel Penaforte

Uma das testemunhas convocadas para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Brumadinho, nesta quinta-feira (18), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, optou por não participar da sessão. A CPI apura as responsabilidades sobre o rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em janeiro deste ano.

Marco Conegundes, responsável por acionar o Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM), solicitou ao Superior Tribunal de Justiça  um habeas corpus para se ausentar da sessão. O pedido foi deferido pela corte.

"Quando eles (funcionários da Vale) não vêm aqui, quem perde a credibilidade são eles", afirmou o relator da CPI, deputado André Quintão.

A deputada Beatriz Cerqueira chamou de injusta a decisão do judiciário. "É uma interferência muito injusta. O parlamento tem o direito de fazer suas investigações", afirmou.

A CPI pretende ouvir outras cinco testemunhas nesta quinta-feira. Todos os participantes foram citados no depoimento do ex-funcionário Fernando Henrique Barbosa Coelho, que relatou sobre a presença de um vazamento na barragem sete meses antes do rompimento.