Após o governo federal bater o pé e confirmar o próximo sábado (1º de abril) como fim das atividades do aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, a gestão de Romeu Zema (Novo) pediu a prorrogação dos voos no local. Segundo nota enviada pelo governo estadual, o prazo solicitado é de seis meses.

“Considerando que as operações do Aeroporto Carlos Prates estão previstas para se encerrar no dia 31 de março de 2023, a complexidade dessa operação, bem como a necessidade de um adequado planejamento para mitigar os impactos sociais decorrentes desse processo, foi solicitado que o processo atualmente em curso fosse prorrogado pelo período de seis meses para que seja possível realizar e implementar um planejamento de desmobilização do aeródromo de maneira adequada, organizada e segura”, diz o comunicado.

A gestão de Romeu Zema diz contar “com a parceria do governo federal para que o plano de desmobilização ocorra de maneira adequada”. O pedido foi durante reunião do secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno, com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França nessa terça-feira. 

Foi após esse encontro que o representante do governo federal bateu o pé e garantiu o cumprimento da Portaria 10.074/SIA, de 16 de dezembro passado, que agendava para 1º de abril o fim das atividades no aeródromo. 

A reunião teve a presença, também, da deputada Greyce Elias (Avante/MG). A parlamentar é autora de um projeto de lei que pede a prorrogação da operação do aeroporto Carlos Prates por mais dois anos. Ela afirma que irá se reunir nesta quarta-feira (29) com o governador Romeu Zema (Novo) para discutir uma solução, após o encontro em Brasília. 

Em ofício, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) concedeu prazo até 1º de abril — data do encerramento das atividades do aeroporto — para desmobilização total do espaço. O prazo gerou revolta de empresários. Conforme a Associação Voa Prates, o aeroporto conta com mais de 120 aeronaves, algumas desmontadas e em manutenção.