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Mineira espancada e abandonada em estrada do Espírito Santo ganha alta

O principal suspeito do crime é o namorado dela, de 34 anos, que está foragido desde o último dia 6 de março

Por Natália Oliveira e Laura Maria
Publicado em 11 de março de 2019 | 11:23
 
 
Jane teve o rosto completamente desfigurado após a agressão Foto: Arquivo pessoal

A mineira Jane Cherubim, de 36 anos, que foi espancada, torturada e abandonada pelo namorado em uma estrada do Espirito Santo, recebeu alta do Casa de Caridade em Carangola, na Zona da Mata, na noite deste domingo (10). Ela vai continuar o tratamento em casa com medicação oral e apoio psicológico. 

O principal suspeito do crime é o namorado dela, de 34 anos, que está foragido desde o último dia 6 de março quando foi expedido pela Justiça um mandado de prisão contra ele. Jane teve as unhas arrancadas e ficou com o rosto desfigurado. 

O caso é investigado pela Delegacia Regional de Alegre, no Espírito Santo com apoio da polícia de Espera Feliz, na Zona da Mata de Minas Gerais. De onde Jane e o suspeito são naturais. 

A Polícia pede a ajuda da população para tentar identificar o suspeito. Denúncias podem ser feitas por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br. O sigilo e anonimato são garantidos.

O crime 

Segundo o advogado da família, Bruno Gaspar, Jane e o namorado estavam trabalhando em um bar do irmão dela, localizado no Espírito Santo, na madrugada do último dia 4 de março. Por volta das 3h, o casal saiu do estabelecimento em um carro com destino a Espera Feliz, em Minas Gerais.

Entretanto, o companheiro da vítima tomou um rumo oposto ao de costume. “Ao invés de descer a estrada para Espera Feliz, ele seguiu em direção ao Parque do Caparaó, no local chamado de Forquilha do Rio”, contou o advogado.

O irmão da vítima estranhou a atitude do cunhado e começou a ligar para Jane, que não atendeu às chamadas. Depois de várias tentativas, o suspeito atendeu o telefone e avisou que teria deixado Jane em casa e que ela estava bem. Ainda segundo o advogado, o irmão da vítima sentiu um mau pressentimento e resolveu se dirigir até a casa dela. Ao chegar lá, constatou que Jane não estava. O filho dela, de 12 anos, dormia no local.

Como não encontrou Jane em casa, o irmão da vítima foi até a residência do suspeito para pedir explicações sobre o que estava acontecendo. Ao chegar lá, ouviu o pai do namorado de Jane conversando com ele e pedindo para que não fizesse mal à irmã.

Nesse momento, o suspeito também teria enviado um áudio para a mãe da vítima dizendo que Jane teria feito “desfeita da pessoa dele”. “Ela está aqui fingindo que está desmaiada no asfalto. Eu cansei, dona Maria, eu fiz de tudo para vocês, cansei dessa vida hipócrita minha, cansei mesmo, de coração”, disse em áudio supostamente enviado pelo suspeito e encaminhado para a reportagem de O TEMPO pelo advogado da família.

Depois disso, o irmão de Jane resolveu refazer o caminho do cunhado para procurá-la. Ao chegar na estrada, encontrou Jane seminua, com o rosto completamente desfigurado e com as unhas arrancadas. “Ela estava desfalecida, jogada para fora do carro, próximo ao carro do agressor, que fugiu a pé”, conta.

Segundo o advogado, a família considerava o principal suspeito como um “cara do bem”. “Ele tratava bem a Jane, era muito generoso com a família, mas era muito ciumento. Apesar disso, nunca tinha sido violento”, relatou Bruno Gaspar.

Ainda de acordo com o advogado, após a agressão, a família de Jane descobriu que o suspeito tem um histórico de agressão à mulher.