Ludmilla Jesus Silva, de 21 anos, e a filha dela, de 3, seguem hospitalizadas após terem sido localizadas em uma mata fechada em Morada Nova de Minas, na região Central do Estado, nesta segunda-feira (12). A jovem segue debilitada, enquanto a criança apresenta evolução no quadro clínico. A informação do estado de saúde foi repassada por Joeldson de Jesus Silva, que é primo das vítimas, em entrevista ao Patrulha da Cidade, da Rádio Super 91,7 FM.

“Acabei de falar com minha tia. O estado de saúde da Ludmilla ainda está debilitado e ela segue tomando medicamentos. A filha está um pouquinho melhor. Ludmilla mais debilitada e a filha melhor. Mais tarde teremos informação”, afirmou Silva. 

Os familiares vão viajar até a cidade que fica a quase 250 km de distância de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, local onde a jovem mora com a filha. “Ainda não temos informação de alta. Estamos nos mobilizando para irmos até Morada Nova de Minas ver minha tia [mãe de Ludmilla] e elas. Hoje será o dia da gente se encontrar”.

Ludmilla e a filha ficaram mais de 72 horas sozinhas dentro de uma mata. O fato delas terem sido encontradas com vida é comemorado. “Estamos super felizes. Num cenário em que todos os indicativos apontavam para o pior é um milagre de Deus. A mata tem um raio de 50 km², quem acreditaria que seriam encontradas com vida? Estamos felizes do fundo do coração”, destacou.

 

 

Ainda sobre o sumiço

Muitos questionamentos seguem sobre o sumiço de Ludmilla e da criança. Um deles é sobre o motivo dela ter ido procurar sinal de telefonia e ajuda invés do companheiro dela. Silva ressalta que apenas uma “conversa” com a prima vai solucionar o impasse. 

“Os únicos relatos que temos, desde o início, são os que o próprio marido falou. Existem evidências de espécie de uma discussão [do casa], mas não tem confirmação. O mais ético é esperar Ludmilla recuperar pra gente bater um papo e, somente assim, vamos conseguir elucidar”.

A advogada da família de Ludmilla, Kênia de Freitas, chegou a ser questionada sobre uma possível medida protetiva da jovem contra o parceiro e disse não ter conhecimento. “Eu não tenho conhecimento dessa medida protetiva e nunca estive com boletim de ocorrência em mãos. Prefiro me abster dessa pergunta. É sério dizer que ‘sim’ e essa pergunta prefiro não responder”, disse. 

A advogada ainda contou que soube que mãe e filha saíram ainda durante o dia à procura de ajuda. “É complicado dizer [se o companheiro dela errou em deixá-la ir], pois tem que estar ali para dizer. Ele ficou, pois tentava fazer o carro funcionar e a Ludmilla desceu para buscar sinal [de celular] e ajuda de pessoas para ver se encontrava alguém para chegar no endereço correto da mãe”, complementou.