Manifestação

Moradores de ocupações pedem por espaço que acolha oito mil famílias

Cerca de 300 pessoas, com cartazes e faixas, saíram da região Norte de BH em direção à Sede do governo; coordenadora da ocupação Vitória explicou que área oferecida para as ocupações acomoda apenas 790 famílias

Por Gustavo Lameira
Publicado em 17 de novembro de 2014 | 10:49
 
 
Na MG-010, o grupo fechou o trânsito no sentido Venda Nova Divulgação/PM

Moradores das ocupações Rosa Leão, Vitória e Esperança, da região Norte de Belo Horizonte, e Santa Maria, de Vespasiano, na região metropolitana, fizeram ao longo desta segunda-feira (17) uma manifestação para pedir um espaço que acomode as oito mil famílias, que vivem nessas áreas.

A passeata, com cerca de 300 pessoas, saiu no início da manhã do bairro Zilah Spósito, passou pela avenida Brasília, nos limites de Santa Luzia, e seguiu em direção à Cidade Administrativa. A intenção dos manifestantes é a de sinalizarem sua insatisfação em frente à Sede do governo, e de lá seguirem em quatro ônibus até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), eles caminharam pela rodovia MG-010, no sentido Venda Nova. Parte do grupo aguardou o retorno do ônibus em frente ao Shopping Estação, para se juntar às demais ocupações. Um congestionamento de 3 km foi registrado no trecho.

O grupo levou cartazes e faixas em protesto contra as desapropriações. Segundo Elielma Carvalho, coordenadora da ocupação Vitória, os empresários apresentaram um terreno em comodato e para apenas 790 famílias. "Nós precisamos de um espaço maior, para oito mil famílias. O que eles querem é nos tirar de onde estamos para deixar a gente em lugar provisório, pra derrubar nossas casas de novo, e só depois construírem as do Minha Casa, Minha Vida", reclamou a liderança.

Reunidos, os dois grupos seguiram até a praça da Assembleia, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de BH, onde às 14h, representantes das ocupações iriam se reunir com Ministério Público e Comissão de Direitos Humanos na ALMG.

Ainda não há informações sobre a reunião. No entanto, a Polícia Militar informou que o grupo de moradores que permaneceu ao longo da tarde enfrente a ALMG se dispersou por volta de 18h. Não houve registro de ocorrências. 

Atualizada às 20h10