A motivação e a autoria da morte de um homem de 50 anos ainda segue como um mistério. O corpo de Marcos Antônio Soares foi encontrado enrolado em um cobertor e escondido debaixo de uma cama coberta com cimento em uma casa na Ocupação Rosa Leão, na região Norte de Belo Horizonte. O crime é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

De acordo com Antônio Soares, que é o filho mais velho da vítima, a suspeita é de que a companheira do pai, com quem ele manteve um relacionamento de 18 anos, possa ter cometido o crime, por motivo de ciúmes. "Ela é muito ciumenta. Ela pegava os contatos dele e ligava para as pessoas perguntando sobre ele, chegou até a ir no trabalho dele pra ver se encontrava alguma coisa", disse. Para Soares, além do sentimento de insegurança no relacionamento, a mulher poderia estar interessada no seguro de vida da vítima. "Ele trabalhou com carteira assinada e tinha um salário muito bom", contou o filho.

O corpo foi encontrado pelo sogro da vítima, durante a tarde de domingo (6). Ele foi até o local onde o genro e a filha moravam para saber como estavam. Aos militares, ele disse que não tinha informações sobre eles. Quando chegou na residência do casal, sentiu um cheiro forte vindo do quarto. No cômodo, o sogro da vítima viu a cama coberta com a mistura de cimento, o que causou estranheza. Desconfiado, ele começou a retirar o material e encontrou o corpo enrolado em um cobertor.

A Polícia Militar desconfia que o homem tenha sido assassinado pela companheira e que, em seguida, ela tenha tentado esconder o corpo. A suspeita tem como base um boletim de ocorrência registrado por ela, no dia primeiro de novembro, informando o desaparecimento da vítima. Enquanto as equipes da PM estiveram no local, a mulher não foi encontrada. Vizinhos disseram aos militares, que ela teria fugido. 

Durante os trabalhos, a perícia da Polícia Civil recolheu uma faca e coletou vestígios do corpo, que deverão auxiliar na investigação. A faca apreendida pode ter sido utilizada no crime. "Até o momento, não houve prisão. A autoria, motivação e circunstâncias do crime serão investigadas", disse em nota.

O corpo foi removido ainda no domingo e encaminhado ao Instituto Médico Legal, em Belo Horizonte. Devido ao estado avançado de decomposição, a família não conseguiu a liberação para a cerimônia de velório e sepultamento.