Santa Cruz

Mulher que matou irmão em briga por herança é apresentada

Durante apresentação, suspeita, de 42 anos, alegou legítima defesa e culpou a mãe pela morte, por ter atiçado a briga

Por JOSÉ VÍTOR CAMILO
Publicado em 14 de fevereiro de 2014 | 15:06
 
 
Karime tentou esconder o rosto durante a apresentação Douglas Magno / O Tempo

Uma mulher de 42 anos, suspeita de assassinar o próprio irmão no bairro Santa Cruz, na região Nordeste de Belo Horizonte no início do mês, foi apresentada à imprensa na manhã desta sexta-feira (14). A suspeita teria cometido o crime no dia 1º de fevereiro, após uma briga por causa de uma herança.

Weverton Ricardo Silva, de 37 anos, e Karime Vanessa da Silva começaram a brigar no imóvel da família, na rua Ester de Lima. Durante a discussão, a mulher pegou uma faca e desferiu um golpe contra o abdômen do irmão.

Silva chegou a ser socorrido, encaminhado ao Hospital Odilon Behrens, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Karime fugiu em um carro com outra pessoa e não foi mais vista. A arma usada no assassinato não foi localizada.

Vizinhos disseram que a vítima, conhecida como “Zói”, era uma pessoa tranquila e querida no bairro. Já Karime, ainda segundo relatos de populares, sempre teve um comportamento estranho. Na época, um vizinho chegou a dar detalhes da briga. “A Karime começou a provocar o irmão para que ele a agredisse, mas como ele se controlou, a mulher cometeu o crime”, disse.

Além disso, Silva teria cuidado de uma das filhas da irmã, que, em data anterior, teve problemas de saúde. “Ele fazia o papel de pai da menina e a irmã teve coragem de matá-lo”, contou o vizinho.

De acordo com a delegada Alice Bacello, da delegacia de Homicídios Leste, a prisão temporária da suspeita foi pedida após familiares denunciarem que estavam com medo. "Parentes me procuraram pedindo a prisão dela, pois estavam com medo que ela fizesse isso com mais gente. Até a mãe dela pediu a prisão", alegou. 

Durante a apresentação, Karime confessou o crime, ma alegou que sofria ameças do irmão. "Fiz isso para me defender, eu não sou trouxa de perder a minha vida também", afirmou a suspeita. Conforme a suspeita, ela registrou várias ameaças sofridas desde 2010, por conta da disputa pelo terreno. Porém, a Polícia Civil não confirmou a informação. 

A suspeita ainda chegou a esbravejar que a mãe seria a culpada da morte. "Foi a minha mãe que matou ele, ficou atiçando a briga", disse Karime.