Ataques

Ônibus de BH vão parar se ataques continuarem, diz Setra

Anúncio foi feito nesta quarta-feira, um dia depois que dois ônibus foram queimados em BH; segundo Kalil, poder público não pode obrigar empresas a colocar frota na rua para ser incendiada

Por Ailton do Vale
Publicado em 27 de junho de 2018 | 12:57
 
 
Cada vez mais ônibus são incendiados em BH Foto: Moisés Silva

Qualquer nova queima de ônibus causada por criminosos em Belo Horizonte durante a noite e madrugada vai resultar na interrupção imediata do serviço de transporte coletivo na região onde o fato acontecer. É o que garantiu o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra), Joel Jorge Pasqualini, em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (27) com a presença do prefeito Alexandre Kalil (PHS) e do governador Fernando Pimentel (PT).

"Queimou, vai parar", afirmou Pasqualini. Segundo o presidente do sindicato, a decisão vai caber aos donos das frotas de ônibus.

Se um ônibus for incendiado e policiais militares e até os próprios motoristas tiverem indícios de que outros coletivos na região do ataque também correm risco, o serviço poderá ser interrompido pelo empresário, que deve comunicar o fato ao Setra. O sindicato, por sua vez, vai informar a imprensa sobre a paralisação para que os usuários saibam do problema.

"Se tiver indícios que a região está passando por um problema como esse, vamos parar e divulgar para a imprensa o mais rápido possível sobre a interrupção dos serviços", disse.

Durante a coletiva, o prefeito Alexandre Kalil anunciou a criação de um canal específico dentro do serviço de denúncias pelo telefone 181 para que os moradores possam, de forma anônima, apontar os criminosos que planejam queimar mais ônibus na capital.

"A comundade vai ter que tomar conta junto com a PM e ! Guarda Municipal se não isso (queima de ônibus) se tornará uma rotina em BH. A população tem que denunciar", ressalta o prefeito.

De acordo com Kalil, a prefeitura não pode impedir que as empresas de ônibus decidam interromper o serviço diante dos ataques.

"O poder público não pode obrigar as empresas a colocar uma frota na rua para ser incendiada", diz.