A Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira (19) que a ossada encontrada no último dia 27 de abril é da menina Emilly Ketlen Ferrari. A garotinha sumiu de casa há mais de quatro anos, em Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado. Desde então, ela nunca mais foi vista.
Conforme a polícia, exames de DNA realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) comprovaram que os restos mortais pertencem a Emilly. Não há informações, porém, de quem sequestrou a menina.
O delegado Luis Claudio Freitas do Nascimento trata o crime como um homicídio qualificado com ocultação de cadáver. Os investigadores ainda trabalham para identificar e prender os suspeitos, e novas testemunhas serão convocadas para prestar depoimento.
Relembre o caso
Emilly desapareceu enquanto brincava na porta da casa da mãe, na avenida Padre Horácio Giraldi. Ela usava um vestido preto e segurava uma boneca negra, chamada pela garotinha por Pretinha.
Leandro Campos
pai de Emilly
Como o senhor ficou sabendo que a ossada encontrada era de Emilly?
O delegado me chamou para ir até a delegacia hoje (ontem) e me deu essa triste notícia. Eu tinha a esperança de a encontrar viva. Moro em uma cidade a 50 km de Rio Pardo de Minas e fui até lá. A mãe dela também foi. Não era a notícia que a gente esperava receber. Estou perturbado, minha cabeça não está assimilando. Vai ter o sepultamento, mas ainda não sei quando.
O senhor tinha esperança de encontrar sua filha viva?
A gente nunca parou de procurar, de divulgar. A foto dela apareceu até no jogo do Brasil contra o Uruguai. Hoje (ontem) tive a triste notícia. Mesmo sabendo que haviam achado uma ossada, não era nada concreto. Não sabia que era de uma criança.
Como o senhor se sente agora? Como é não saber, após quatro anos, o que aconteceu com sua filha?
É uma angústia. Antes, a preocupação era se ela estaria bem. Agora, não paro de pensar em quem faria uma crueldade dessa, como fez e o porquê. A polícia não pode medir esforços para achar o culpado. A dúvida agora é: será que algum dia a gente vai ter uma resposta? Vamos dar a ela um enterro digno, pelo menos vamos saber onde ela está.