TRANSTORNO

Paralisação em Belo Horizonte deixa 242 mil usuários sem ônibus

As estações Barreiro e Diamante (região oeste) e a estação Venda Nova (norte) ficaram totalmente inoperantes na manhã desta quarta-feira na capital

Por CAROLINA CAETANO
Publicado em 25 de setembro de 2013 | 06:56
 
 

Pelo menos 242 mil pessoas foram afetadas pela greve realizada por motoristas e cobradores nas estações Barreiro, Venda Nova e Diamante, na manhã desta quarta-feira (25), em Belo Horizonte. Após quase seis horas sem saída de ônibus dos três locais, os serviços foram normalizados. 

A categoria espera a aprovação de um projeto que está na Câmara de Vereadores que prevê a existência de cobradores no turno da noite. Em audiência realizada nesta quarta entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH), da Prefeitura de Belo Horizonte e da Câmara ficou acordado que a proposta será aprovada. A reunião teve que ser interrompida após um desentendimento entre alguns manifestantes.

O protesto gerou insatisfação em alguns passageiros.

"É um absurdo a greve prejudicar as pessoas. Saí da casa para trabalhar às 05h30 e não consegui chegar ao meu destino", contou a usuária Flaviana Soares.

Já o autônomo Osmar Moreira afirmou que não é contra a greve, mas os passageiros devem ser avisados com antecedência.

Um motorista, que pediu para não ser identificado, afirmou que exercer a dupla função, de dirigir e cobrar a passagem, tira a concentração do trânsito.

Os passageiros chegaram a interditar uma rua próxima da estação Barreiro para evitar que carros de passeio passassem.

"Antes eu era calmo, agora chego em casa e brigo com a minha mulher e a minha filha. Essa é a nossa vida", explicou.

Uma audiência  para tratar o assunto começou às 9h30 na Câmara Municipal de Belo Horizonte.

A previsão era que os serviços fossem normalizados às 11, mas ainda não aconteceu.

Caeté

Em Caeté, na região metropolitana da capital, foram os passageiros que fizeram um protesto contra os ônibus da Saritur. O grupo ficou em frente à porta da empresa reivindicando melhorias na conservação dos coletivos e mudanças no quadro de horários.

De acordo com a PM, o ato aconteceu de forma pacífica e durou uma hora.

Atualizada às 11h47