Crise sanitária

PBH abre 18 leitos de UTIs, mas ocupação se mantém em 96,6% pelo 2º dia seguido

O cenário continua crítico, pois a demanda dos hospitais particulares aumentou. A lotação da rede suplementar subiu de 102,8% para 109,5% nas últimas 24h

Por Renata Evangelista e Cinthya Oliveira
Publicado em 18 de março de 2021 | 16:24
 
 
Ala de UTI para pacientes com coronavírus na Santa Casa BH Foto: Douglas Magno / AFP

Dezoito leitos de UTIs para atender pacientes exclusivos com Covid-19 foram abertos pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta quinta-feira (18). No entanto, a taxa de ocupação na cidade continua em 96,6%, o mesmo patamar registrado no dia anterior.
 
De acordo com o executivo, o cenário continua crítico, pois a demanda dos hospitais particulares aumentou. A lotação da rede suplementar subiu de 102,8% para 109,5% nas últimas 24 horas.
 
No SUS, com a criação dos novos leitos, a taxa caiu de 91,1% para 85,4%. A rede pública soma 411 leitos para tratamento de pacientes com suspeita e confirmação da doença. A rede particular, por sua vez, tem 353 leitos de UTIs Covid e nenhuma vaga disponível.

Por causa da crise sanitária sem precedentes provocada pela pandemia, a cidade, além de fechar todos os estabelecimentos considerados não essenciais, adotou o toque de recolher. Nos próximos dias, a circulação de pessoas está proibida no município das 20h às 5h. Apenas têm permissão para andar nas ruas neste horário aqueles que trabalham ou buscam os serviços essenciais.
 
Para o Conselho Municipal de Saúde (CMSBH) as medidas restritivas têm que ser ainda mais radicais para conter o avanço da Covid. O órgão sugeriu que a PBH adote o lockdown imediatamente, inclusive, com a paralisação do sistema de transporte público. 

Grande BH

E a partir de segunda-feira (22), a região metropolitana de BH também passará a contar com mais oito leitos de UTIs Covid. A Prefeitura de Nova Lima afirmou que investiu R$ 4 milhões para a ampliação no atendimento do Hospital Nossa Senhora de Lourdes. Inicialmente, esses leitos serão utilizados por quatro meses.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, apenas cinco municípios da região metropolitana respondem por 57% dos pedidos de internações de pacientes não residentes da capital. São eles: Nova Lima, Sabará, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e Caeté.