Motoristas e pedestres que passaram sem máscara pela avenida Mem de Sá, na região Leste de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (14) foram parados por agentes da Guarda Municipal, que entregavam o acessório de proteção e orientavam sobre a necessidade do uso. A ação inaugura o programa de distribuição a pessoas em situações mais vulneráveis na capital.

No último mês, a Prefeitura de Belo Horizonte comprou 1,5 milhão de máscaras com esse fim. Segundo a diretora de Assistência em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Renata Mascarenhas, a guarda recebeu 30 mil unidades e o restante será encaminhado para centros de saúde. "Os centros têm os índices de vulnerabilidade de cada local, o que vai ajudar a secretaria a mapear onde essas máscaras deverão ser entregues. Os moradores receberão em casa, durante as visitas regulares dos agentes de saúde", detalha.

As unidades entregues à Guarda Municipal, após a ação desta quinta, ficarão nas viaturas que patrulham a cidade. "Sempre que avistarmos alguém sem a máscara, vamos abordar e entregar uma unidade, além de orientar sobre a importância do uso", explicou o inspetor Silva Costa.

Os empresários Meire Ferreira e Edvaldo Rodrigues foram abordados por estarem sem máscara e colocaram o acessório assim que os agentes os entregaram as unidades. "Eu tenho minha máscara, mas acabo me esquecendo de colocar", disse a mulher, que considera positiva a ação da prefeitura. Edvaldo ainda completa. "Muito bom eles fazerem isso aqui no pé da Serra [Aglomerado], porque muitas vezes as pessoas não têm dinheiro, custa R$ 5 uma máscara, mas às vezes as pessoas precisam comprar um pente de ovo, por exemplo", afirma.

Embora a maioria dos abordados tenha obedecido a orienteção da guarda sem reclamar, alguns não gostaram da abordagem. Um motorista, que exigiu não ser filmado ou fotografado, chegou a afirmar que não queria que seu veículo aparecesse em "campanha pro Kalil".