A Polícia Federal cumpre quatro mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em operação de combate à lavagem de dinheiro deflagrada na manhã desta quinta-feira (4) em Belo Horizonte. Uma organização movimentou pelo menos R$ 500 milhões de maneira ilegal.

De acordo com a PF, a organização criminosa se especializou em criar nomes falsos de pessoas jurídicas em nome de laranjas para abrir contas bancárias. O objetivo era o de que outros grupos criminosos realizassem transações financeiras nos nomes dos fantasmas.

Dentre esses criminosos, estão pessoas envolvidas com o tráfico de drogas, o contrabando e a extração ilegal de ouro. Em troca, os bandidos repassaram percentual dos valores para os criadores das contas falsas. 

 " Apurou-se que essa organização sediada em Belo Horizonte, tem  empresários da Bolívia e Paraguai envolvidos. Eles movimentavam esse dinheiro em diversas atividades ilícitas utilizando-se dessas empresas sem qualquer laço. Dentre as atividades exercidas por essas organizações identificou-se organizações ligadas ao tráfico de drogas, contrabando de ouro, de mercadorias vindas o Paraguai, dentre outras atividades criminosas," disse o delegado federal à frente da oepração, Thiago Severo de Rezende. 

Parte do dinheiro obtido foi utilizado para a abertura de uma empresa de produção de cigarros de palha e para a compra de imóveis. 

Nomeada de Balaio de Palha, em alusão à criação da empresa de cigarros de palha, a operação apurou que pelo 30 empresas que eram utilizadas no esquema desde 2018.

A movimentação atípica detectada foi de mais de meio bilhão de reais, sendo que quase cem milhões foram movimentados em espécie.